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quinta-feira 15 de abril de 2021 às 06:08h

Estudo brasileiro aponta frequente infecção de cães e gatos pelo coronavírus

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Conforme reportagem do jornal O Globo, a infecção de cães e gatos pelo coronavírus é mais frequente do que se imaginava, revela um estudo realizado no estado do Rio de Janeiro. Pesquisadores do Hospital Naval Marcílio Dias encontraram uma taxa de positividade de 11,25% nos 311 pets testados, no estudo com a maior amostragem sobre o Sars-CoV-2 e animais de estimação já realizado no país.

Como o vírus é transmitido de seres humanos para animais, a significativa positividade é um indicador da elevada disseminação da pandemia, já que não foram testados especificamente pets de pessoas infectadas — o que aumentaria a chance de haver animais com o vírus.

Os 251 cães e 60 gatos examinados foram levados ao veterinário para consultas de rotina ou vacinação, explica a pesquisadora à frente do estudo, a primeiro-tenente Shana Barroso, bióloga virologista do Marcílio Dias. Todos os animais são de São João de Meriti e foram testados com a autorização dos tutores pela técnica padrão ouro para a detecção do Sars-CoV-2, o exame molecular de RT-qPCR.

— A ideia foi fazer uma busca o mais geral possível entre os cães e os gatos da região. O teste molecular para detecção do vírus foi oferecido aos tutores que levaram seus cães e gatos para consulta ou atualização do calendário de vacinação — diz Barroso, esclarecendo que a pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética no Uso de Animais do Marcílio Dias.

Os pesquisadores descobriram que 19 cachorros e seis gatos estavam positivos.

— Quando comparado a outros estudos similares já publicados, em revistas internacionais, o número de casos positivos é elevado — a cientista, uma especialista em vírus respiratórios.

Um dos raros cientistas brasileiros a investigar a Covid-19 em animais, Alexander Biondo, do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR), não envolvido no estudo do Rio, destaca que o percentual de pets positivos encontrado em São João de Meriti é elevadíssimo.

— A transmissão tem que estar muito alta em seres humanos para haver tantos animais infectados. A infecção pelo coronavírus em cães e gatos é mais transitória, dura menos tempo. Esses animais são como sentinelas ambientais da disseminação do vírus. Se está alta neles é porque há saturação de vírus — explica Biondo.

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