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sexta-feira 22 de abril de 2022 às 16:42h

“Esse governo tenta exterminar os povos indígenas com suas políticas”, diz Tâmara Azevedo, pré-candidata do PSOL ao Senado pela Bahia

NOTÍCIAS, POLÍTICA, SUL DA BAHIA


Ativista de defesa dos direitos indígenas e quilombolas há décadas, a pré-candidata do PSOL ao Senado pela Bahia, Tâmara Azevedo, afirmou na terça-feira (19) que a luta dos povos indígenas defende a vida de todas as pessoas do mundo, ao colocar na pauta de reivindicação deles o respeito à terra e ao meio-ambiente.

“Precisamos entender que defender os povos originários, os povos indígenas, é defender o mundo da extinção. Os povos indígenas defendem todas as pessoas do mundo, ao tempo que eles lutam contra a degradação do meio-ambiente, contra o evenenamento da terra, protegem a flora e a fauna do nosso país, defendem as florestas, os rios. Essa luta é uma luta urgente pela vida do mundo”, afirmou a socióloga, celebrando também a data de hoje, conhecida popularmente como ‘Dia do Índio’, em alusão aos povos indígenas.

Tâmara Azevedo citou a falta de respeito do Governo Bolsonaro com os indígenas, com a “morte simbólica” da FUNAI quando foi transferida para o Ministério da Agricultura, entre outros ataques à pauta indigenista por meio do aumento dos desmatamentos e de autorizações para grileiros e garimpeiros atuarem em terras dos povos originários brasileiros.

“A Apib, que é a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, liderada pela nossa camarada Sônia Guajajara, listou em um dossiê todos esses retrocessos, que fizeram acelerar o genocídio indígena no Brasil. Sem dúvida esse governo é um governo que tenta exterminar os povos indígenas através de investimento institucional em ataques e desmontes de políticas públicas que foram conquistas de anos anteriores”, afirmou a pré-candidata do PSOL ao Senado baiano.

Tâmara ainda lembrou da gravidade do Marco Temporal, que tenta alterar os critérios para demarcação de terras indígenas, limitando a 5 de outubro de 1988 a data de posse de terras pelos povos originários. Na prática, explica a ativista, apenas povos e etnias que tiveram posse de suas terras até essa data teriam o reconhecimento, deixando sem terras povos como os Xokleng, Kaingang e Guarani da TI Xokleng La Klaño, em Santa Catarina.

A votação do Marco Temporal está marcada para junho, no Supremo Tribunal Federal, e é alvo de protestos e mobilizações das articuçações indígenas. “Esse seria mais um ataque de morte contra aqueles e aquelas que construíram esse país e preservam as nossas vidas, as nossas reservas naturais, nossas preciosidades”, avalia a postulante do PSOL a uma cadeira de Senadora.

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