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Empresária confessa ter recebido dinheiro para o presidente do Senado

quinta-feira 12 de abril de 2018 às 16:23h

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), é suspeito dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em campanha de 2014, quando ele concorria ao governo do Ceará. De acordo com informações da revista Veja, as denúncias se baseiam em na delação de um ex-diretor da Hypermarcas, Nelson Mello, e no depoimento de uma empresária de Salvador, mulher do marqueteiro da campanha de Eunício em 2014.

Em vídeo obtido pela revista, Maurenizia Dias Andrade Alves, dona do Instituto Campus, diz ter recebido dinheiro sem prestação de serviços a pedido do marido, Paulo Alves. O montante teria sido repassado pela Hypermarcas e pela JBS, que já confessaram irregularidades ao Ministério Público, além da empresa cearense de biscoitos M. Dias Branco. A companhia foi alvo de operação de busca e apreensões da Polícia Federal no último dia 10.

“Independentemente dessas questões referentes à Hypermarcas, o Instituto Campus, em 2014, recebeu também 250 000 da empresa Dias Branco, 250 000 da empresa Corpvs Segurança e mais dois milhões de reais da empresa JBS (…) que não houve, até o momento, nenhuma prestação de serviço para qualquer dessas três empresas acima mencionadas e foram feitas apenas os recebimentos sem os serviços correspondentes. No caso das empresas Dias Branco e Corpvs, houve o recebimento e a emissão das notas fiscais, mas não a formalização de contrato”, afirma Maurenizia Dias na gravação.

A PF apura se a M. Dias Branco, assim como a Hypermarcas e a JBS, fizeram repasses ilegais à campanha de Eunício Oliveira em troca de favores no Congresso. A empresa doou oficialmente cerca de 400 mil reais, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Procurado, Eunício diz que não irá se manifestar sobre um processo sobre o qual ele não tem conhecimento. A M. Dias Branco confirma que foi alvo de buscas e apreensões, diz que “tem colaborado com as autoridades”, mas e nega ter feito pagamentos ao Instituto Campus. Em nota, a Hypermarcas admite que houve buscas em seu escritório, em São Paulo, para coleta de “documentos relacionados à colaboração” de Nelson Mello. A companhia reafirma que não se beneficiou de “quaisquer atos praticados” pelo seu ex-executivo.

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