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quarta-feira 14 de maio de 2025 às 16:15h

Em telefonema, Lula incentiva Putin a participar de reunião com Ucrânia

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Em uma conversa telefônica realizada nesta quarta-feira (14), o presidente Lula da Silva (PT) incentivou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a considerar a participação em uma reunião direta com representantes da Ucrânia. A informação foi confirmada pelo Palácio do Planalto, que classificou o diálogo como “cordial” e centrado na busca por alternativas diplomáticas para a guerra que já dura mais de dois anos.

Segundo nota oficial do governo brasileiro, Lula reiterou a importância de que todas as partes envolvidas no conflito estejam dispostas a dialogar e destacou que qualquer iniciativa de paz sustentável exige a presença de Rússia e Ucrânia à mesa de negociações. O presidente também reafirmou a disposição do Brasil em colaborar com esforços multilaterais pela resolução pacífica da guerra.

“A paz só será alcançada com diálogo. Não se pode buscar soluções excluindo quem está no centro do conflito”, teria dito Lula, conforme fontes próximas ao presidente. Ele teria mencionado ainda a Conferência da Paz, prevista para ocorrer na Suíça em junho, como um espaço relevante para negociações – ainda que o Kremlin, até o momento, tenha sinalizado ceticismo quanto ao formato da reunião.

Equilíbrio diplomático

Desde o início da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022, o governo brasileiro tem adotado uma posição de neutralidade ativa, condenando violações à integridade territorial ucraniana, mas evitando alinhar-se integralmente a blocos ocidentais. Lula já afirmou em diversas ocasiões que considera essencial o envolvimento tanto de Moscou quanto de Kiev em qualquer tentativa de mediação internacional.

Apesar das críticas de alguns aliados ocidentais, que veem na postura brasileira um distanciamento das sanções à Rússia, Lula defende que o papel do Brasil é promover pontes, e não erguer muros. “É mais útil falar com todos do que falar apenas com os que pensam igual”, costuma dizer o presidente.

Reações internacionais

A iniciativa brasileira foi recebida com interesse por alguns setores diplomáticos europeus, que enxergam a atuação de países do Sul Global como uma oportunidade de destravar canais de negociação com Moscou. Ainda assim, representantes da Ucrânia reforçaram que qualquer avanço real depende de um compromisso claro da Rússia com a retirada de tropas e o respeito à soberania ucraniana.

Não houve confirmação oficial, até o momento, sobre a resposta de Putin ao convite sugerido por Lula. O Kremlin limitou-se a dizer que o diálogo com o presidente brasileiro foi “positivo” e que ambos concordaram na necessidade de soluções pacíficas para o conflito.

Continuidade do esforço

O Itamaraty informou que manterá contatos com outros líderes internacionais nas próximas semanas para discutir possíveis desdobramentos da proposta. Lula também pretende conversar novamente com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, com quem já teve encontros e trocas de mensagens anteriormente.

A movimentação diplomática de Lula ocorre em meio à crescente pressão internacional por uma saída negociada para a guerra, que já provocou dezenas de milhares de mortes, milhões de refugiados e profundas repercussões econômicas em todo o mundo.

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