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sábado 23 de abril de 2022 às 09:40h

Dois jovens de 15 anos morrem afogados na praia da Ribeira, em Salvador; local perigoso sem sinalização

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Os dois jovens que foram encontrados mortos na noite de sexta-feira (22), após sofrerem afogamento na praia da Ribeira, em Salvador. Segundo informações de familiares, eles não sabiam nadar, mas o local é conhecido a décadas pelos moradores como perigoso. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros, que realizou buscas às vítimas juntamente com populares.

Os rapazes foram identificadas segundo o Bom Dia Sábado, da TV Bahia, pelos prenomes Caíque e Cauã, ambos com 15 anos de idade. Eles moravam no bairro de Pernambués e teriam dito aos pais que iriam até a Ribeira visitar um amigo e tomar banho de piscina na casa dele, segundo o major Luciano Alves, comandante Grupamento Marítimo dos Bombeiros.

Local perigoso há 50 anos

Conforme apurou o #Acesser Política, nos anos de 1940, a Petrobras que tinha descoberto petróleo pela primeira vez no Brasil em 1939, no bairro do Lobato, em Salvador, resolveu fazer uma sondagem na costa da praia da Ribeira, para tentar encontrar petróleo. Sem sucesso. Mas a lama que foi retirada na perfuração ficou próximo a costa, por isso, segundo os antigos moradores, o local é muito perigoso, principalmente se o banhista estiver andando com água acima da cintura, pois irá cair no ‘buraco’ e ficar preso na espessa lama nele. Algo fatal, por isso a área é evitada até por nadadores profissionais e pescadores.

Conforme relato de pessoas que trabalham em barracas à beira mar, por volta das 17h, os dois jovens jogavam futebol na areia, na companhia de um amigo, e depois da partida os três entraram na água para tomar banho, quando se afogaram. O primeiro ficou preso e o segundo jovem, foi ajuda-lo, quando os dois sumiram no buraco. O terceiro conseguiu se salvar porque, segundo relatos de um comerciantes, correu para a areia.

Testemunhas disseram, ainda, que o mar estava aparentemente tranquilo, e que eles não estavam em uma área funda, mas caíram neste buraco, conhecido e temido por quem costuma frequentar a região.

“O local precisa de uma placa, não pode ficar assim, sempre ocorrem mortes, e sempre com quem não é daqui, por isso a placa”, disse uma moradora.

Os trabalhos de busca e resgate duraram cerca de três horas e se estendeu até à noite, o que complicou o trabalho das equipes, pela falta de visibilidade. Além disso de acordo com o militar “a geografia do local atrapalhou, porque tem muita lama, é perto área de mangue, e tem muitas algas”.

Na manhã deste sábado (23), os corpos dos dois jovens segue no Departamento de Polícia Técnica, para procedimentos burocráticos, e até o momento não há detalhes sobre os sepultamentos.

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