O deputado estadual Marcelino Galo, líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), indicou ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), por intermédio da Casa, a criação do Observatório e Centro de Educação Socioambiental da Baía de Todos-os-Santos. O parlamentar argumentou que a importância do observatório ambiental reside na sua capacidade de fornecer dados precisos e atualizados que ajudam na tomada de decisões. “Eles desempenham um papel crucial na formulação de políticas públicas, na gestão de recursos naturais e na promoção de práticas sustentáveis. Além disso, esses observatórios podem atuar como um canal de comunicação entre a sociedade e os gestores ambientais, promovendo a transparência e a participação cidadã”, afirmou Galo.
Conforme explicou o deputado, o impacto dos observatórios ambientais na sociedade é significativo, pois eles promovem a conscientização sobre questões ambientais e incentivam a participação da população na proteção do meio ambiente. “Ao disponibilizar informações acessíveis e compreensíveis, esses observatórios ajudam a educar a sociedade sobre a importância da sustentabilidade e a necessidade de ações coletivas para enfrentar os desafios ambientais”, ressaltou.
De acordo com a indicação de Marcelino Galo, o Observatório Ambiental é uma plataforma ou iniciativa que visa monitorar, analisar e divulgar informações relacionadas ao meio ambiente. Esses observatórios podem ser instituídos por governos, organizações não governamentais (ONGs), universidades ou até mesmo por grupos comunitários. A principal função é coletar dados sobre a qualidade do ar, água, solo e biodiversidade, além de avaliar os impactos das atividades humanas sobre esses recursos naturais.
Com superfície de 1.223 km², o sistema marítimo da Baía de Todos-os-Santos compreende ainda as baías de Aratu e Iguape, o que a torna o segundo maior acidente geográfico deste tipo no Brasil. Em relação ao contexto mundial a Bahia de Todos os Santos é a quarta maior, sendo superada pelas Baía de Bengala, no sul da Ásia (Oceano Índico), com área 2.172 km²; pela Baía de São Marcos, no Maranhão, com 2.025 km²; e pela Baía de Hudson, no Canadá, com 1.230 km². A Bahia de Todos-os-Santos se apresenta como uma reentrância costeira pela qual o mar penetra no interior do continente a partir de um estreitamento principal de cerca de 9 km de largura entre a Cidade de Salvador e a Ilha de Itaparica. A profundidade média da baia é de 9,8 m, atingindo cerca de 70m em sua parte mais profunda. No interior da Bahia de Todos-os-Santos são encontradas 56 ilhas, sendo a de Itaparica a maior ilha marítima do Brasil, além de estuários de rios que ali deságuam (rios Paraguaçu, Jaguaripe e Subaé) manguezais, restingas e matas que compõem seus ecossistemas e formam as paisagens naturais.
De paisagem natural e território de ocupação indígena até o século XV, no início do século XVI a Baía tornou-se o principal portal de acesso ao território que veio posteriormente a abrigar vilas, cidades, municípios, populações e patrimônio erigido que conformam a paisagem humana e histórico-cultural de seu entorno e porção insular. Seus contornos compreendem catorze municípios, sendo doze destes situados na porção costeira: Cachoeira, Candeias, Jaguaripe, Madre de Deus, Maragogipe, Salinas da Margarida, Salvador, Santo Amaro, São Félix, São Francisco do Conde, Saubara, Simões Filho; e dois na parte insular: Itaparica e Vera Cruz.
“Com o objetivo de implantar um Centro de Educação Ambiental e Cooperação Socioambiental (CEACS) na Bahia, o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), firmou em 2023 um protocolo de intenções com o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Pela importância socioeconômica, turística, histórica e cultural, a Baía de Todos os Santos é um patrimônio da humanidade e fonte de sustento e moradia para milhares de baianos e baianas, sendo sua preservação uma obrigação e dever do Estado e de todos. A criação do Observatório e Centro de Educação Socioambiental da Baía de Todos-os-Santos se mostra um instrumento importante para a conservação e preservação da Baía e de toda sua diversidade”, afirmou.