O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou neste último domingo (22) uma montagem de fotos em que aparece com Donald Trump, presidente dos EUA, e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. Na madrugada deste sábado, os americanos entraram na guerra de Israel contra o Irã.
Trump anunciou neste sábado que as Forças Armadas dos EUA realizaram um “ataque muito bem-sucedido” a três instalações nucleares iranianas, marcando a entrada oficial de Washington na guerra iniciada por Israel na última quinta-feira (madrugada de sexta no horário local). De acordo com o republicano, as ações miraram Natanz, Isfahã e a instalação subterrânea de enriquecimento de urânio em Fordow, considerada o “coração” do programa nuclear de Teerã.
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Quando era presidente, Bolsonaro se alinhou tanto a Trump, quanto a Netanyahu. De acordo com o colunista Lauro Jardim, do O Globo, o brasileiro encontrou o americano em 2019 no prédio da ONU e afirmou para ele: “I love you”. A resposta que ouviu foi: “Que bom te ver de novo”. Depois disso, segundo relataram diplomatas que testemunharam a cena, o diálogo terminou.
Neste sábado, Eduardo Bolsonaro também apoiou o ataque dos EUA ao Irã. “Paz não se conquista com ingenuidade, pacifismo acima de todas as consequências ou desarmamento. Melhor modelo é o do secular império romano: “si vis pacem, para bellum” (se quer paz, prepare-se para a guerra)”.
O posicionamento da família Bolsonaro diverge do governo brasileiro, que condenou “com veemência” os ataques. Em nota, o Itamaraty disse que israelenses e americanos violam a soberania do Irã e do direito internacional.
“Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica. Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala”, diz a nota.