A Defensoria Pública da União (DPU) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que assumiu provisoriamente a defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que está foragida. Na semana passada, o antigo advogado de Zambelli saiu de sua defesa após ela anunciar que saiu do Brasil.
A representação da DPU ocorrerá, a princípio, até que Zambelli seja notificada e informe se tem uma nova equipe de defesa.
Na terça-feira, o advogado Daniel Bialski anunciou que deixou o caso “por motivo de foro íntimo”. Bialski disse que tinha sido comunicado pela deputada que ela sairia do país para dar continuidade a um tratamento de saúde.
Zambelli teve a prisão preventiva decretada na quarta-feira, depois de anunciar que estava nos Estados Unidos. No dia seguinte, chegou na Itália. No sábado, a prisão foi convertida em definitiva, após o STF recusar um recurso contra sua condenação a 10 anos de prisão.
A DPU informou que “atuará provisoriamente na defesa técnica da acusada, enquanto se aguarda a efetivação da notificação e a verificação definitiva quanto à ausência de defensor constituído”.
Na quinta-feira, a deputada foi incluída na lista vermelha da Interpol, o que a tornou procurada em 196 países.
Zambelli e o hacker Walter Delgatti foram condenados em maio, pela Primeira Turma do STF, por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica, pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A deputada alega que o hacker foi o único responsável pela invasão e que ele tentou atribuir a culpa a ela. Já Delgatti confirma sua atuação, mas afirma que agiu a mandado de Zambelli.