Os recortes da pesquisa Datafolha que simulou cenários para a eleição presidencial de 2026 mostram que, apesar de ter um governo mal avaliado, o presidente Lula da Silva (PT) ainda conta com vantagem em segmentos que costumam apoiá-lo, como as mulheres e os mais pobres. Ele vê, no entanto, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) entrar com força considerável nesses grupos, enquanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), domina as duas faixas mais altas de renda — é o único que teria mais votos que Lula já no primeiro turno entre os mais ricos. Filhos de Jair Bolsonaro, Flávio e Eduardo não se destacam tanto em filões específicos e ostentam números quase idênticos um ao outro.
Chama atenção que, nas simulações de segundo turno, os possíveis candidatos da direita passam a registrar números parecidos nos diferentes segmentos, o que indica a unificação do antipetismo. Nenhum deles chega a ganhar numericamente de Lula, mas Tarcísio (43% a 42%) e Michelle (46% a 42%) têm empate técnico — a margem de erro é de dois pontos percentuais, o que no caso da mulher de Bolsonaro faz com que haja empate no limite da margem.