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terça-feira 17 de junho de 2025 às 13:01h

Datafolha: Tarcísio vai bem entre ricos, enquanto Michelle Bolsonaro, nas bases de Lula

ELEIÇÕES 2026, NOTÍCIAS


Os recortes da pesquisa Datafolha que simulou cenários para a eleição presidencial de 2026 mostram que, apesar de ter um governo mal avaliado, o presidente Lula da Silva (PT) ainda conta com vantagem em segmentos que costumam apoiá-lo, como as mulheres e os mais pobres. Ele vê, no entanto, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) entrar com força considerável nesses grupos, enquanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), domina as duas faixas mais altas de renda — é o único que teria mais votos que Lula já no primeiro turno entre os mais ricos. Filhos de Jair Bolsonaro, Flávio e Eduardo não se destacam tanto em filões específicos e ostentam números quase idênticos um ao outro.

Chama atenção que, nas simulações de segundo turno, os possíveis candidatos da direita passam a registrar números parecidos nos diferentes segmentos, o que indica a unificação do antipetismo. Nenhum deles chega a ganhar numericamente de Lula, mas Tarcísio (43% a 42%) e Michelle (46% a 42%) têm empate técnico — a margem de erro é de dois pontos percentuais, o que no caso da mulher de Bolsonaro faz com que haja empate no limite da margem.

Os números da pesquisa — Foto: Editoria de Arte
Os números da pesquisa — Foto: Editoria de Arte
 São os dados do primeiro turno, no entanto, que indicam onde cada um encontra seu ponto de partida mais relevante. Michelle tem desempenho homogêneo, registrando entre 20% e 30% em quase todos os segmentos. Entre os representantes da direita, ela é quem melhor consegue avançar sobre as bases lulistas: com 25% entre os brasileiros que ganham até dois salários mínimos, é o único candidato que passa de 20%. E vai melhor ainda na faixa entre dois e cinco salários, com 29%. No cenário geral, a ex-primeira-dama também é quem chega mais perto de Lula no primeiro turno, apesar de ainda perder: 37% para o presidente e 26% para a líder do PL Mulher.

Considerado o nome mais forte para enfrentar Lula, Tarcísio pontua menos que Michelle no primeiro turno, apesar de atrair mais votos na projeção de segundo. Também é quem constrói sua força em pilares mais específicos — o que desponta como um desafio, já que larga muito atrás em outros estratos sociais relevantes.

Entre os homens ele vai a 26% e tem apenas 11 pontos a menos que Lula. Mas, quando se analisam as mulheres, registra meros 17% e perde por 20 pontos. É também, com exceção do governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD) — que não foi testado num cenário sem Tarcísio ou alguém da família Bolsonaro — quem desempenha pior entre os que ganham até dois salários, principal fortaleza de Lula. Nesse recorte, o governador paulista marca apenas 17%, menos da metade dos 42% do petista.

Tarcísio, entretanto, já se estabeleceu como o favorito dos mais ricos. Vence Lula nas duas faixas superiores de renda, algo que os integrantes da família Bolsonaro não conseguem fazer. Com 35% e 34%, domina entre os que ganham de cinco a dez salários e os que recebem mais de dez, respectivamente. Lula tem 28% em ambos os casos.

Filhos na classe média

O governador lançou recentemente o programa SuperAção SP, comparado na política local ao Bolsa Família, a fim de atingir o eleitorado de renda baixa. A ideia é atender, em dois anos, 105 mil famílias registradas no CadÚnico e que tenham renda média de até meio salário mínimo.

Os filhos de Bolsonaro cotados para a empreitada presidencial, o deputado federal Eduardo e o senador Flávio, apresentam números parecidos por segmentos, além de terem os mesmos 20% no total do primeiro turno. No caso deles, os destaques oscilam pouco na comparação com o desempenho geral. Ou seja, têm poucos grupos com os quais contar de forma inexorável.

Entre os brasileiros com vencimentos de cinco a dez salários mínimos, por exemplo, Flávio tem 24%. Já Eduardo pontua 22% no mesmo estrato e no imediatamente anterior, de dois a cinco salários. Ambos marcam 19% no grupo mais pobre. Eles também são vistos com desconfiança pelos mais ricos: 14% para Flávio, 11% para Eduardo.

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