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sexta-feira 6 de agosto de 2021 às 07:03h

Condenado a 392 anos de prisão, Sérgio Cabral desabafa: “A Lava Jato achou em mim um Cristo”

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que confessa ter liderado uma organização criminosa e praticou crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, se diz indignado em relação ao tratamento da Operação Lava Jato no estado.

“Eu estou preso podendo responder em casa, sem ameaçar a sociedade. Há sete anos que eu saí do governo. E não me largam”, afirmou Cabral em entrevista à Folha de S.Paulo.

Cabral está preso preventivamente há quatro anos e oito meses. Atualmente, ele é o único político ainda preso em regime fechado pela Operação Lava Jato.

Cabral responde a 32 processos e está condenado em penas acumuladas a 392 anos de prisão. Ele diz que a Operação Lava Jato do Rio de Janeiro achou nele “um Cristo”.

Questionado pela reportagem da Folha de S.Paulo se imaginava que ficaria por tanto tempo, Cabral afirmou que “até hoje advogados, professores de direito, minha defesa, todos comentam a singularidade, para ser cuidadoso nas palavras, da minha prisão”.

Ele argumenta que foram duas prisões preventivas ao mesmo tempo. “Os juízes Sergio Moro e Marcelo Bretas combinaram a minha prisão, algo absolutamente ilegal. Foi uma violência muito grande do Estado”, denuncia, enfatizando que não esperava ficar tanto tempo preso “porque a prisão preventiva é para quando você ameaça o processo, testemunhas, quando causa algum problema para a sociedade”.

E se queixa que é o único preso da Lava Jato em cadeia. “Mais de 250 prisões foram feitas no Paraná, Rio de Janeiro e Curitiba. Todos estão respondendo em liberdade ou com cautelares diversas da prisão”, afirma.

Cabral considera que também poderia responder aos processos em casa, sem ameaçar a sociedade. “Há sete anos que eu saí do governo. E não me largam”, desabafa.

Cabral volta suas críticas principalmente para a mídia do Rio de Janeiro e a Operação Lava Jato no estado. “A mídia local massacra. Essa Lava Jato do Rio achou em mim um Cristo. O juiz achou em mim uma possibilidade de promoção pessoal. Um desconhecido se tornou a pessoa que prendeu Sérgio Cabral”.

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