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quarta-feira 28 de maio de 2025 às 10:31h

‘Comando C4’ cobrava R$ 150 mil para matar um senador e R$ 100 mil cada deputado

DESTAQUE, JUSTIÇA, NOTÍCIAS


O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi um dos alvos de interesse do grupo criminoso investigado pela Polícia Federal na Operação Sisamnes, que apura um esquema de espionagem ilegal, assassinatos encomendados e venda de decisões judiciais no sistema de Justiça brasileiro.

Fontes com acesso às investigações confirmaram que o nome de Pacheco aparece em documentos e mensagens apreendidos durante as diligências realizadas nesta quarta-feira (28). A Polícia Federal agora busca esclarecer se o parlamentar chegou, de fato, a ser monitorado de forma ativa pelo grupo ou se foi apenas mencionado como um potencial alvo de interesse.

A descoberta reforça a gravidade do esquema, que envolvia civis, militares da ativa e da reserva, e operadores do Direito com acesso a informações privilegiadas. Segundo os investigadores, o grupo agia com alto grau de organização e mantinha uma lista com nomes de autoridades dos Três Poderes.

Lista de alvos e valores

Como revelado anteriormente pela própria PF, o grupo se autodenominava “Comando C4” (Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos) e chegou a estabelecer valores para execuções encomendadas: R$ 250 mil para ministros do STF, R$ 150 mil para senadores e R$ 100 mil para deputados federais.

A menção a Rodrigo Pacheco levanta suspeitas sobre uma possível tentativa do grupo de intimidar ou neutralizar politicamente o presidente do Congresso, que tem papel central em votações sensíveis ao Executivo e ao Judiciário.

Atuação política e institucional

Rodrigo Pacheco, que também é jurista de formação, tem se posicionado em defesa da estabilidade institucional e contra radicalismos. Aliados avaliam que ele pode ter sido incluído como alvo pelo grupo por rechaçar pautas antidemocráticas e se opor a narrativas golpistas.

A assessoria do senador informou, em nota, que ele não foi comunicado oficialmente pela Polícia Federal até o momento, mas que “recebe com preocupação as informações divulgadas” e aguarda o avanço das apurações.

Esquema com ramificações no Judiciário

A Operação Sisamnes revelou uma rede de corrupção e violência articulada por indivíduos que, além de vender decisões judiciais no STJ e no TJ de Mato Grosso, estavam envolvidos em ações de espionagem e assassinatos políticos. O caso mais grave até agora é o do advogado Roberto Zampieri, executado a tiros após indicar que colaboraria com as investigações.

As autoridades investigam ainda o possível envolvimento de financiadores e mandantes de alto escalão que teriam interesses em decisões judiciais e movimentações no Congresso.

Nova fase da operação

A expectativa segundo fontes do #Acesse Política, é que nos próximos dias a PF avance com novas diligências, incluindo quebra de sigilo de comunicações e acesso a imagens de câmeras de segurança em locais frequentados por autoridades.

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