sábado 5 de outubro de 2024
Presidente Lula visitou o Centro de Operações Espaciais Principal (Cope-P), em Brasília, nesta terça-feira (27) - Foto: Ricardo Stuckert/PR
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terça-feira 27 de agosto de 2024 às 20:22h

Com Lula e Juscelino Filho, Luiz Marinho assina contrato com a Telebras

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O presidente Lula da Silva (PT) e os ministros das Comunicações, Juscelino Filho, e do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, estiveram no Centro de Operações Espaciais Principal (Cope-P), em Brasília, nesta terça-feira (27), para assinar o contrato com a Telebras, empresa estatal vinculada ao Ministério das Comunicações, para o fornecimento de conectividade segura para as unidades do Ministério do Trabalho e Emprego, com monitoramento contra-ataques cibernéticos 24h por dia. O contrato, de R$ 153 milhões, terá duração de cinco anos.

O presidente Lula lembrou que, no governo anterior, os Correios e a Telebras estavam praticamente proibidas de vender serviços ao Estado, mesmo que oferecessem o preço mais barato. “Ou seja, um Estado que não se respeita e um governo que não tem visão de Estado, pessoas que não pensam no Brasil. Tem coisas que devem ser inexoravelmente do Estado. É assim na França, é assim Alemanha e é assim nos Estados Unidos”, enfatizou o presidente, questionando como as autoridades podem querer privatizar uma empresa da qualidade da Telebrás.

O ministro Juscelino Filho agradeceu ao ministro Luiz Marinho pela confiança na Telebras. Ele ressaltou que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) foi o primeiro órgão federal a contratar os serviços de conectividade da empresa. Marinho destacou que “além de ser uma empresa pública, com serviços de excelência e tecnologia de ponta, a Telebras foi a empresa que ofereceu o melhor preço no mercado. A Telebras é de todos os brasileiros e brasileiras e nós trabalhamos em conjunto para o seu fortalecimento”, afirmou.

Jucelino Filho salientou que a “a Telebras é do povo brasileiro e ela tem o papel crucial de levar acesso à internet justamente onde a iniciativa privada não chega, aos lugares mais longínquos desse país, a população mais pobre e que mais precisa do olhar do governo federal, assumindo esse papel social que também tem que ter uma empresa pública”, avaliou.

Para Frederico de Siqueira Filho, presidente da Telebras, não existe desenvolvimento social sem inclusão social. “O nosso propósito é triplicar essa empresa e levar conectividade e internet a quem mais precisa e cobrir os vazios tecnológicos do Brasil”, destacou.

Satélite

A infraestrutura do Cope-P foi projetada para o controle de, ao menos, três satélites geoestacionários e de um plano de lançamento de 26 satélites não geoestacionários. Além do uso estratégico militar em banda X, também opera em Banda Ka, viabilizando internet banda larga para milhares de brasileiros nos programas de inclusão digital e acessibilidade do Governo Federal.

O Cope-P opera o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), primeiro satélite brasileiro concebido exclusivamente para a transmissão de dados com alta velocidade e qualidade que cobre todo o território nacional. A responsabilidade da operação é conjunta da Telebras e das forças armadas. O centro possui o segundo datacenter com certificação Tier IV no Brasil e o primeiro com essa certificação no setor público.

A equipe que atua no COPE é composta por militares da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira, além de profissionais da Telebras da Gerência de Engenharia e Operação de Satélite (GEOS). Além do Cope-P Brasília, a estrutura terrestre de operação do satélite compreende o Cope-S (secundário) no Rio de Janeiro e outros três gateways (estruturas menores) em Campo Grande, Salvador e Florianópolis.

É o mais alto padrão em relação à confiabilidade na operação de serviços de um datacenter e atesta uma infraestrutura com manutenção continuada de operação, com alta tolerância a falhas e capacidade de ultrapassar os piores incidentes técnicos. A certificação ainda representa uma disponibilidade de 99,9997% do tempo, sendo aceitável que fique inoperante por menos que seis minutos ao ano.

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