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quarta-feira 17 de novembro de 2021 às 07:08h

Ciro Nogueira ainda tenta atrair Bolsonaro para o PP, revela jornal

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Ministro da Casa Civil e presidente do PP, Ciro Nogueira iniciou nos últimos dias segundo o jornal Valor uma nova ofensiva para tentar atrair o presidente Jair Bolsonaro para o partido. Segundo a publicação, o PL ainda é favorito para abrigar Bolsonaro na tentativa de se reeleger em 2022, mas o PP ganhou terreno depois do recente recuo do presidente da ideia de filiar à legenda comandada por Valdemar Costa Neto.

Caso opte pelo PP, Bolsonaro deve entregar a vice em sua chapa ao PL, a fim de evitar que Costa Neto salte do barco e componha com o ex-presidente Lula. O dirigente e o petista haviam conversado nas semanas anteriores ao anúncio da filiação de Bolsonaro, feito na semana passada.

Nesse quadro, desponta o nome da ministra Flávia Arruda (Secretaria de Governo), que é deputada federal pelo PL do Distrito Federal.

Flávia, entretanto, vem planejando há meses sua candidatura ao Senado, em uma chapa encabeçada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). E esse continua sendo o plano A da ministra para o ano que vem.

Caso se confirme a filiação ao PL, no entanto, Bolsonaro tende a fazer o movimento inverso, indicando um vice filiado ao PP.

O próprio Ciro Nogueira desponta como um dos possíveis parceiros de chapa. Entretanto, essa é uma ideia que tampouco agrada ao ministro.

Outra possibilidade, tida como mais provável, é a composição com Fábio Faria, ministro das Comunicações. Ele foi eleito deputado federal pelo PSD, mas já acertou sua ida ao PP na próxima janela partidária, em abril.

De acordo com relatos feitos à reportagem, Bolsonaro aguarda o resultado das prévias do PSDB em São Paulo, no domingo, para definir se vai ou não se filiar ao PL.

Da disputa entre os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, sairá um de seus adversários na eleição presidencial de 2022. Mas, do ponto de vista do grupo de Bolsonaro, a votação definirá o nível de compromisso do PL de apoiar o candidato tucano para presidente.

O partido faz parte da base aliada de Doria em São Paulo. Antes do anúncio da filiação de Bolsonaro, o PL paulista havia se comprometido a apoiar o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), compondo uma chapa com Doria ao Planalto.

Essa é uma possibilidade que Bolsonaro não admite, de acordo com interlocutores. Entre outras coisas porque seu filho, Eduardo, tentará a reeleição para a Câmara pelo partido ao qual o pai se filiar, seja qual for.

Uma fonte próxima de Bolsonaro diz que, caso Leite vença, o problema deixa de existir. Rodrigo Garcia, diz a fonte, não tem compromisso para apoiar o governador gaúcho. Poderia voltar ao DEM, o que livraria o PL para apoiá-lo e a Bolsonaro. O DEM é o partido de origem de Garcia, e em 2022 se fundirá com o PSL para formar o União Brasil.

Um ministro afirma, porém, que qualquer que seja o vencedor, o PL paulista apoiará a reeleição de Bolsonaro.

Além do possível apoio do diretório paulista do PL a Doria na eleição presidencial de 2022, há um outro ponto de impasse.

Bolsonaro deseja lançar o ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura) ao Palácio dos Bandeirantes, mas a ideia enfrenta resistências na legenda, já comprometida com Garcia.

Uma outra fonte confirma que houve de fato uma ríspida conversa entre Bolsonaro e Costa Neto, com palavrões e xingamentos, no último fim de semana.

Na semana passada, estivera no Planalto e, em seguida, anunciou no YouTube a filiação de Bolsonaro para o dia 22.

No domingo, horas depois das ofensas, o PL afirmou em nota que “após uma intensa troca de mensagens na madrugada”, o partido e o presidente “de comum acordo” cancelaram o evento de filiação marcado para a próxima segunda.

Bolsonaro insiste em lançar Tarcísio ao governo de São Paulo porque, assim, terá um palanque firme no Estado mais populoso do país. Tarcísio teria aceitado a missão, ainda que um tanto a contragosto, uma vez que crê ter uma eleição “ganha” ao Senado em Goiás.

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