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Funcionários examinam abacates na casa de embalagem da Kakuzi, em Makuyu, Quênia - Foto: Baz Ratner/Reuters
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quinta-feira 12 de junho de 2025 às 16:02h

China promete remover tarifas sobre exportações africanas para impulsionar comércio

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A China vai negociar e assinar um novo pacto econômico com a África, que eliminará todas as tarifas sobre os 53 países africanos com os quais tem relações diplomáticas, informou Pequim, em uma medida que pode beneficiar nações de renda média.

O gigante econômico asiático oferece acesso ao mercado livre de impostos e cotas aos países menos desenvolvidos (LDCs, na sigla em inglês), muitos deles na África, mas a nova iniciativa nivelará o campo de atuação ao oferecer também aos países de renda média acesso semelhante ao mercado.

“A China está pronta para… receber produtos de qualidade da África no mercado chinês”, disse o Ministério das Relações Exteriores da China, após reunião de altos funcionários chineses com ministros das Relações Exteriores africanos em Changsha. O encontro serviu para revisar a implementação dos compromissos assumidos durante uma cúpula em Pequim, em setembro passado.

Em reconhecimento às desvantagens significativas que as empresas de países menos desenvolvidos, como Tanzânia ou Mali, podem enfrentar em relação aos seus pares mais desenvolvidos, como a África do Sul, quando o mercado estiver totalmente aberto, a China prometeu medidas adicionais para dar suporte aos países menos desenvolvidos, incluindo treinamento e promoção de marketing.

A ação de Pequim pode ajudar países relativamente avançados, com bases de fabricação significativas para produtos de valor agregado, a aproveitar o vasto mercado chinês, disseram analistas.

“Isso permite que países de renda média como Quênia, África do Sul, Nigéria, Egito e Marrocos… possam agora entrar no mercado chinês sem pagar impostos”, disse Hannah Ryder, fundadora da Development Reimagined, uma consultoria focada na África.

O comércio entre a China e a África tem crescido nos últimos anos, mas tem sido fortemente impulsionado pelo país asiático, que teve um superávit de US$62 bilhões no ano passado.

“A menos que tenhamos um aumento equivalente nas exportações africanas para a China, os déficits comerciais (dos países africanos) continuarão a aumentar”, disse Ryder, acrescentando que a iniciativa anunciada por Pequim pode ajudar a equilibrar o comércio.

Durante a cúpula do ano passado em Pequim, a China prometeu 360 bilhões de yuans (US$50 bilhões) às economias africanas ao longo de três anos, em linhas de crédito e investimentos, marcando seu retorno a grandes acordos de financiamento para o continente após um hiato relacionado à pandemia de Covid-19.

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