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terça-feira 29 de abril de 2025 às 17:51h

Cerca de 12 milhões de empregos serão ressignificados por I.A’s até 2030, aponta pesquisa. Confira quais profissões irão crescer

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Segundo a WEF, carreiras e habilidades mais requisitadas por empregadores convergem em expertises com Inteligência Artificial.

Já imaginou questionar o futuro da Inteligência Artificial a uma I.A? No que tange à mão de obra humana, a resposta do ChatGPT – OpenAI, é direta, “sim, a IA vai substituir algumas funções humanas, mas também vai criar outras”. A resposta da própria I.A generativa é um alerta ao mercado de trabalho. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 12 milhões de mudanças ocupacionais estão previstas até 2030 por influência das computações cognitivas, segundo estudo recente da McKinsey.

Ser substituído por uma máquina parece tão distópico quanto real, entretanto, não é como a peça teatral “R.U.R: Os Robôs Universais de Rossum” – do escritor tcheco Karel Čapek, tragicamente previa. Apesar da transfiguração do cenário laboral, as mudanças não têm recuado os brasileiros. Pelo contrário, o interesse do país pelo uso de I.A’s cresceu 54% no último ano – acima da média global de 48%, de acordo com o Google, em parceria com a Ipsos.

Líderes em mudanças disruptivas, a GenZ puxa o carro dos chatbots. Cerca de 93% dos nascidos entre 1995 e 2010 (Geração Z) já utilizam duas ou mais ferramentas de I.A’s semanalmente no trabalho, aponta pesquisa do Google Workspace. Para o especialista em transição de carreira e diretor da Transite, Vinicius Walsh, é importante que as novas gerações já se familiarizem com as ferramentas e sejam orientadas, desde as formações acadêmicas, a respeito das profissões que envolvem I.A’s.

“Na minha época, pensar em Inteligência Artificial era coisa de filme. Se alguém falasse em computação cognitiva, era como se estivéssemos falando da ficção científica ‘A.I – Inteligência Artificial’, do Steven Spielberg. Observe como o mundo evoluiu em menos de 20 anos. Foi em 2022 que o ChatGPT chegou e diferente da IA tradicional, voltada à automação de tarefas repetitivas, já estamos em uma era com IA generativa, que lida com criação de conteúdo — como textos, imagens, códigos e músicas, em um nível de sofisticação inédito. Portanto, é uma tendência sim que as profissões e as vidas sejam ressignificadas, não só nos EUA, e sim em escala global”, alerta.

Os estreantes e veteranos do mercado de trabalho devem lidar juntos, portanto, com a geração de 170 milhões de empregos e a destituição de outros 92 milhões até 2030. A amostragem é do “Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025”, da World Economic Forum. Segundo os insights da pesquisa, carreiras e habilidades mais requisitadas por empregadores convergem em um novo fenômeno: expertises com Inteligência Artificial.

Ainda segundo o relatório, 86% dos empregadores esperam que a inteligência artificial (IA) e as tecnologias de processamento de informação transformem seus negócios até 2030. Para Walsh, essa transição emergente precisa ser entendida para quem deseja permanecer no mercado de trabalho – e já vem sendo difundida na educação do país. De acordo com uma pesquisa entre docentes proposta pelo Instituto Semesp, 74% dos entrevistados já concordam com o uso da inteligência artificial no ensino, seja parcial ou totalmente.

“Não me admira que daqui alguns anos, inteligências artificiais sejam difundidas até como matérias da educação base. O mercado de trabalho está se transformando com o avanço das ferramentas generativas, como ChatGPT e Midjourney. Habilidades como design de prompts, programação e análise de dados gerados por IA’s vem se tornando cada vez mais essenciais para os graduandos. A versatilidade para mudar de carreira, portanto, será acompanhada também do conhecimento prévio e manuseio dessas ferramentas”, explica.

Especialista em transição de carreira, Vinicius Walsh explica que a adaptação laboral daqui há alguns anos será além dos modelos de trabalho, como as recentes tendências do workation, escalas 4/3, modelos híbridos e home offices. A próxima grande mudança, segundo o diretor da Transite, está no surgimento de profissões voltadas exclusivamente à manutenção, curadoria, engenharia e ética de Inteligências Artificiais.

O profissional aposta na alta de pelo menos 4 profissões: engenharia de prompt; especialista em ética e direito em I.A’s; UX designers e de chatbots (ou personalidades virtuais) e tradutores culturais para machine learning. Entre as profissões destituídas ou ressignificadas, Vinicius elenca a automatização emergente em call centers, caixas de supermercado, despachantes de transporte e inventários logísticos nas operações de varejo.

Conjecturando os próximos anos da I.A generativa, o especialista aponta a automação de tarefas operacionais e a criação de novos cargos híbridos, como “analistas de IA aplicada ao RH” até o fim de 2025 – no curto prazo. Entre os anos de 2026 a 2028 (médio prazo), Walsh afirma que as profissões relacionadas à IA se consolidarão, com ênfase em regulação e governança, além da expansão nas formações profissionais. Após 2030 (longo prazo), as I.A’s devem ocupar totalmente as rotinas de trabalho, com foco em criatividade, empatia e liderança estratégica.

“A curto prazo, em até três anos, veremos a constante integralização das Inteligências Artificiais com nossa vida em geral. Seja em assistentes de smartphones, sistemas inteligentes de home care ou até mesmo na criação de novas profissões. A médio prazo, entretanto, uma mudança real na regulação global de I.A’s deve acontecer. Será mais do que trends com fotos usando o molde do Studio Ghibli, teremos automação para todos os lados. Se em fast foods já não vemos mais tantos atendentes, e nem estamos falando ainda de inteligências artificiais de fato, imagine quando acontecer essa integração. Agora expanda para o mercado em geral. Será uma transformação e tanta”, conclui.

Questionado sobre quais seriam as profissões no “longo prazo” das I.A’s, Vinicius exemplifica carreiras voltadas à desenvolvimento de interfaces neurais e devs de agentes autônomos, entretanto, seria uma configuração para além de 10 anos, em um futuro ainda incerto.

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