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Senador colombiano Miguel Uribe Turbay - Foto: Gabriel Aponte/Getty Images
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segunda-feira 9 de junho de 2025 às 13:58h

‘Caça de conservadores’, compartilham Bolsonaristas sobre Uribe na Colombia

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A tentativa de assassinato contra o senador colombiano Miguel Uribe Turbay, ocorrida no último sábado (7), gerou uma onda de reações entre parlamentares e influenciadores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para os bolsonaristas, o atentado se soma a uma suposta escalada de violência política contra líderes conservadores ao redor do mundo, comparando o caso colombiano com a facada em Bolsonaro, em 2018, e com o tiro disparado contra o ex-presidente Donald Trump durante a campanha de 2024.

O ataque a Uribe

Miguel Uribe Turbay, aliado do ex-presidente Álvaro Uribe e pré-candidato à presidência da Colômbia, foi alvo de tiros durante um ato público na região de Fontibón, em Bogotá. O senador sobreviveu, mas foi internado em estado grave. O autor dos disparos, um adolescente de 14 anos, foi detido no local. As autoridades ainda investigam a motivação do ataque, que abalou o cenário político colombiano.

Reação no Brasil

A direita brasileira rapidamente reagiu ao atentado. Nas redes sociais, aliados de Jair Bolsonaro apontaram o episódio como mais uma evidência de uma “caça a conservadores”.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou:

“Uribe, Trump, Bolsonaro. Três líderes conservadores, três tentativas de assassinato. Coincidência?”

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) publicou:

“A esquerda global perdeu o pudor. Quando não conseguem vencer pelo voto, recorrem à violência.”

Outros parlamentares do PL e comentaristas da direita reforçaram o discurso, citando os três episódios como parte de um “padrão internacional de perseguição política”. Alguns chegaram a pedir que organismos internacionais “fiscalizem a segurança de líderes conservadores”.

 Comparações

A facada em Jair Bolsonaro, durante a campanha eleitoral de 2018, foi praticada por Adélio Bispo, considerado inimputável por transtornos mentais. Já o atentado contra Donald Trump, em 2024, durante um comício na Pensilvânia, foi tratado como um ato político isolado, ainda que o caso tenha gerado enorme comoção nos EUA.

No caso colombiano, ainda não há indícios claros de motivação política, mas a direita brasileira já incorpora o episódio à sua narrativa global.

Para o cientista político João Ricardo Penteado, da UFRJ:

“O bolsonarismo faz uso recorrente de um discurso que mistura vitimização e alerta permanente. Essa reação é coerente com a lógica discursiva do movimento, embora nem sempre com respaldo nos fatos.”

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