As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira, com a de Xangai encerrando sua melhor semana em uma década e meia após uma série de medidas de estímulo na China e outras realizando lucros após ganhos recentes.
Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 2,88%, a 3.087,53 pontos, garantindo avanço acumulado de 12,8% na semana, o maior em 15 anos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto saltou 6,05%, a 1.737,56 pontos.
Hoje, o banco central chinês (PBoC) formalizou cortes de juros e compulsório bancário anunciados nesta semana. Autoridades chinesas também prometeram incentivos para o enfraquecido setor imobiliário. Diante do entusiasmo com as medidas, dados fracos do lucro industrial chinês ficaram em segundo plano.
Também na esteira dos estímulos de Pequim, o Hang Seng teve robusta alta de 3,55% em Hong Kong, a 20.632,30 pontos.
Já em Tóquio, o Nikkei subiu 2,32%, a 39.829,56 pontos, atingindo o maior nível desde o fim de julho. Após o encerramento dos negócios, o Partido Liberal Democrata do Japão escolheu o ex-ministro da Defesa Shigeru Ishiba como líder, o que significa que ele deverá assumir como primeiro-ministro do país na próxima semana. O iene reagiu em forte alta à vitória de Ishiba, que tende a ser “hawkish” (favorável à retirada de estímulos econômicos), segundo analistas. Durante o pregão de hoje em Tóquio, havia expectativas de que a candidata pró-estímulos Sanae Takaichi pudesse ganhar a disputa. Mas Takaichi perdeu para Ishiba no segundo turno da votação.
Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi caiu 0,82% em Seul, a 2.649,78 pontos, à medida que investidores embolsaram ganhos do recente avanço no índice, e o Taiex recuou 0,16% em Taiwan, a 22.822,79 pontos, também em uma pausa para realização de lucros.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou levemente no azul, mas renovou máxima histórica. O S&P/ASX 200 subiu 0,10% em Sydney, ao patamar inédito de 8.212,20 pontos.