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Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo - 19/12/2024 - Foto: REUTERS/Adriano Machado
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quinta-feira 3 de julho de 2025 às 17:13h

Ataque hacker ao sistema financeiro brasileiro: o que se sabe sobre o golpe bilionário

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Um ataque cibernético de grandes proporções abalou o sistema financeiro brasileiro nos últimos dias, acendendo o alerta entre instituições bancárias, clientes e autoridades do setor. O incidente, que atingiu diretamente uma empresa parceira do Banco Central, teve como principal impacto a instabilidade no acesso ao sistema Pix, afetando usuários em diferentes regiões do país.

O que se sabe até agora

Segundo o Banco Central, o ataque foi direcionado à Acesso Soluções de Pagamento, uma instituição autorizada a operar o Pix. O golpe cibernético comprometeu temporariamente os sistemas da empresa, levando à suspensão de serviços, bloqueios de transferências e dificuldades no recebimento de valores via Pix.

Em nota, o BC informou que os sistemas próprios da autarquia não foram invadidos e que a integridade do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) não foi comprometida. Ainda assim, o episódio expôs vulnerabilidades na cadeia de instituições conectadas ao sistema financeiro nacional.

Riscos à segurança e dados sensíveis

Embora as autoridades tenham minimizado o risco de vazamento de informações bancárias, fontes ligadas ao setor de segurança cibernética indicam que há indícios de que dados de clientes da Acesso podem ter sido acessados, embora a extensão do comprometimento ainda esteja sob investigação.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) acompanham o caso de perto. A ANPD já notificou a empresa para fornecer detalhes sobre o incidente e os protocolos adotados para mitigar os danos.

Investigações e próximos passos

A Polícia Federal e o Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro estão mobilizados para identificar a origem do ataque. As investigações ainda estão em estágio inicial, mas uma das hipóteses é de que o golpe tenha sido coordenado por um grupo internacional especializado em ransomwares.

O Banco Central também determinou uma auditoria interna e reforço das medidas de segurança digital para todas as instituições participantes do ecossistema Pix. Novas diretrizes poderão ser emitidas nos próximos dias, com foco em blindar o sistema contra futuros ataques e aumentar a transparência em casos de incidentes cibernéticos.

Reação do mercado

O episódio gerou instabilidade no setor financeiro, com reflexos nas ações de empresas do ramo de pagamentos digitais. Instituições como Nubank, PicPay e Mercado Pago reforçaram seus protocolos de segurança e publicaram comunicados assegurando que suas operações não foram afetadas.

Para especialistas, o caso serve de alerta para a necessidade de revisar o modelo de governança digital do sistema bancário brasileiro, que se tornou um dos mais digitais e conectados do mundo, mas agora precisa estar à altura dos riscos globais do cibercrime.

O que o cliente deve fazer?

A orientação dos especialistas é que os usuários:

  • Verifiquem regularmente suas contas em busca de movimentações suspeitas;
  • Atualizem senhas e ativem a verificação em duas etapas nos aplicativos bancários;
  • Evitem clicar em links desconhecidos enviados por e-mail, SMS ou aplicativos de mensagem;
  • E, caso identifiquem qualquer anomalia, entrem em contato imediatamente com sua instituição financeira.

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