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quinta-feira 3 de julho de 2025 às 19:59h

Após megainvasão hacker, instituições financeiras são desligadas do Pix por falhas graves em segurança

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Três instituições financeiras foram removidas do sistema Pix após terem sido identificadas como destinatárias de recursos desviados no que está sendo tratado como o maior ataque cibernético já registrado no sistema financeiro brasileiro. A decisão foi tomada por órgãos de fiscalização e controle em conjunto com o Banco Central, segundo informações divulgadas pelo portal PlatôBR.

A exclusão dessas instituições do sistema de pagamentos instantâneos tem como objetivo proteger a integridade da rede Pix, que movimenta bilhões de reais diariamente. Fontes ligadas à investigação afirmam que os desligamentos ocorreram após a constatação de fragilidades graves nos mecanismos de controle e prevenção de fraudes das instituições atingidas.

Outras instituições sob análise

Além das três já retiradas do sistema, outras empresas devem ser desconectadas do Pix nas próximas horas, à medida que as investigações avançam. Na última segunda-feira (30), diversas instituições acusaram o recebimento de transferências atípicas, fruto da operação dos hackers, enquanto outras sequer se pronunciaram até o momento — o que acentuou as suspeitas sobre possíveis falhas de governança ou omissão.

Segundo especialistas em segurança digital, o protocolo do Pix exige medidas de controle não apenas de quem envia, mas também de quem recebe os recursos, o que torna obrigatória a identificação de movimentações fora do padrão e a comunicação imediata às autoridades competentes. A ausência desses procedimentos foi classificada como “deficiência grave” em relatórios preliminares.

Processos administrativos serão abertos

O Banco Central e demais órgãos reguladores devem abrir processos administrativos contra as instituições envolvidas, para investigar se houve negligência, falhas sistêmicas ou práticas ilegais que contribuíram para o sucesso da ação hacker. Dependendo do resultado, as empresas podem enfrentar multas, sanções regulatórias e até a revogação de suas autorizações de operação.

O maior ataque da história recente

O ataque, que ainda está sendo desvendado, envolveu transferências em larga escala a partir de uma instituição parceira do sistema bancário. Fontes informaram que o grupo criminoso se aproveitou de brechas em mecanismos de autenticação e monitoramento de transações para movimentar valores consideráveis em um curto espaço de tempo.

Embora o Banco Central tenha afirmado que os sistemas centrais do Pix não foram comprometidos, o incidente reacende o debate sobre os riscos do sistema financeiro altamente digitalizado e a responsabilidade das fintechs e instituições menores que operam sob autorização do BC.

Medidas de reforço

A expectativa é de que, nos próximos dias, o Banco Central anuncie medidas adicionais de segurança, incluindo novas exigências para o ingresso e permanência de instituições no ecossistema do Pix. Entre as propostas em análise estão auditorias de segurança mais frequentes, exigência de respostas rápidas a anomalias operacionais e punições mais severas em caso de omissão.

Enquanto isso, especialistas recomendam que usuários monitorem suas contas com atenção redobrada e denunciem qualquer movimentação suspeita às suas instituições financeiras.

O caso ainda está em investigação, mas já é visto como um marco para a revisão de protocolos de cibersegurança no Brasil.

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