O Conselho Nacional de Justiça expulsou Marcelo Bretas da magistratura. O juiz conduziu os processos que levaram Sérgio Cabral e comparsas para a cadeia, como lembra Bernardo Mello Franco, em sua coluna no O Globo. Depois pôs ainda conforme o colunista, a toga a serviço do projeto político de Wilson Witzel.
Os conselheiros concluíram que Bretas manobrou uma delação para prejudicar Eduardo Paes na campanha de 2018. Após a vitória de Witzel, juiz e governador confraternizaram em camarotes do Maracanã e da Sapucaí.
O ministro Luís Roberto Barroso resumiu o caso como “um conjunto muito amplo de condutas impróprias e totalmente inaceitáveis para um magistrado”.
A exemplo de Sergio Moro, Bretas se encantou com a fama e a possibilidade de interferir em eleições. Numa cena inesquecível, rodopiou no palco de um evento evangélico ao lado de Jair Bolsonaro e Marcelo Crivella.
Até segunda ordem, a queda não será tão dolorida. Aposentado, ele continuará a receber salário integral de R$ 39,7 mil.