Deputada Fabíola Mansur sugere programa de aleitamento de prematuros

Inspirada pela inciativa do 2º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM), com sede na Cidade de Feira de Santana, que promove o aleitamento materno em parceria com hospitais da região, a deputada Fabíola Mansur (PSB) sugeriu ao governador Rui Costa (PT) a criação do Programa Estadual Bombeiros Anjos do Peito. Na indicação apresentada na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Fabíola explicou que o projeto em Feira e municípios próximos visa à redução dos índices de desnutrição de crianças recém-nascidas.

Segundo a parlamentar, o projeto dos bombeiros do 2º Grupamento consiste em coletar leite materno que sobra em hospitais da cidade de Feira de Santana e distribui às mulheres com dificuldade de oferecer o alimento aos recém-nascidos. “A atividade busca atender crianças prematuras ou com algum problema de saúde que, por algum motivo, não podem ser amamentados pelas próprias mães internadas nas maternidades”, observou. Fabíola acrescentou que atualmente 942 mulheres estão cadastradas e doam o leite materno.

Ao justificar a indicação, a deputada argumentou ainda que será de “extrema relevância social” a criação de um programa de governo que oportunize a ampliação do raio de ação desse projeto para outras regiões do estado. “Dessa forma, vai viabilizar a execução de um trabalho de suma importância para milhares de famílias que sofrem, muitas vezes, por uma dificuldade que pode ser facilmente equalizada pelo poder público com o aleitamento de crianças recém-nascidas e outras que, no seu início de vida, precise de apoio alimentar”, observou, no documento.

Hoje, a parceria do Corpo de Bombeiros Militar em Feira de Santana é com o Banco de Leite Humano (BHL) do Hospital da Mulher, onde todas as mulheres que dão à luz recebem, na alta, um folheto com orientações e o telefone, em um trabalho realizado pelas funcionárias. As doadoras, explicou Fabíola, podem ligar e solicitar a visita de uma equipe do 2° GBM, que leva os kits para a coleta do alimento, além de explicarem às mães como fazer a ordenha e a melhor forma de armazenagem. Após uma semana ou quando os frascos estiverem cheios, a equipe retorna à residência para recolher o material coletado e, em seguida, leva-o para as maternidades.

“Trata-se de uma iniciativa de alta relevância que materializa a verdadeira missão do Corpo de Bombeiros de salvar vidas e precisa do amparo governamental, com pouco investimento, para assegurar sustentabilidade de uma ação que, comprovadamente, é vital para o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças”, afirmou.