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sábado 14 de dezembro de 2024 às 16:43h

Qual é o melhor momento para tomar a dose de reforço da Covid-19?

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Uma pesquisa da Universidade Yale, nos EUA, aponta que o melhor momento para tomar uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 depende da localização geográfica e do histórico pessoal de infecções. O estudo foi publicado na revista Clinical Infectious Diseases.

Os dados sugerem que alinhar o reforço com períodos de alta transmissão pode aumentar a proteção contra a infecção em até quatro vezes, em comparação com momentos menos oportunos.

“O momento certo é tudo quando se trata de reforços da COVID-19”, afirmou Jeffrey P. Townsend, professor de bioestatística da Escola de Saúde Pública de Yale (YSPH) e principal autor do estudo.

Veja os fatores

Os pesquisadores sugerem que o início do outono é o momento ideal, (no caso em março no hemisfério Sul). Isso pode oferecer de três a quatro vezes mais proteção a depender da data das doses administradas.

Quando uma pessoa vacinada é infectada pelo vírus, adiar a próxima dose de reforço por alguns meses pode prolongar a imunidade.

A pesquisa também revela que, em média, os reforços devem ser administrados cerca de 3 meses antes dos picos de transmissão (que geralmente ocorrem no inverno), permitindo maior proteção durante períodos de alta circulação viral.

Por que isso importa?

Otimizar o momento da vacinação pode ter um impacto significativo na redução de infecções, taxas de transmissão e na pressão sobre os sistemas de saúde.

Para populações de risco, como idosos e pessoas imunocomprometidas, tomar a dose de reforço no momento ideal pode prevenir casos graves da doença.

Implicações para a saúde pública

Essa abordagem baseada em evidências oferece um novo caminho para campanhas de vacinação, adaptando cronogramas aos padrões locais da doença e ao histórico individual de infecções.

Alex Dornburg, professor assistente da Universidade da Carolina do Norte em Charlotte (UNCC) e autor sênior do estudo, acredita que essa estratégia pode ser expandida para outras doenças circulantes, maximizando o impacto das vacinas na mitigação da transmissão.

“Considerar quando reforçar à luz do histórico pessoal de infecção é algo inovador na vacinação”, concluiu Dornburg. Os resultados oferecem um roteiro valioso para decisões mais eficazes de saúde pública e individuais, especialmente em um cenário de evolução contínua da pandemia.

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