Os produtores brasileiros abateram 9,96 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária no segundo trimestre de 2024. O número é recorde e representa uma alta de 17,5% em relação ao segundo trimestre de 2023. As informações constam das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgadas nesta quinta-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao primeiro trimestre de 2024, houve aumento de 6,7% no abate de bovinos.
O mês de maio foi o destaque como o de maior atividade no trimestre, com 3,38 milhões de cabeças abatidas, alta de 11,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
No segundo trimestre de 2024, o abate de fêmeas aumentou 20,8% em relação ao segundo trimestre de 2023, uma alta influenciado pela queda do preço dos bezerros no comparativo anual, informou o IBGE. Já o abate de machos subiu 14,8% na mesma comparação.
Unidades da Federação
O abate de 1,48 milhão de cabeças de bovinos a mais no segundo trimestre de 2024 ante o segundo trimestre do ano anterior foi impulsionado por aumentos em 26 das 27 Unidades da Federação (UFs).
Os avanços mais significativos ocorreram em Mato Grosso (+350,35 mil cabeças), Minas Gerais (+189,77 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+182,97 mil cabeças), Pará (+152,67 mil cabeças), Goiás (+131,75 mil cabeças), Rondônia (+102,56 mil cabeças), São Paulo (+98,47 mil cabeças) e Bahia (+50,32 mil cabeças).
A queda mais expressiva foi registrada no Rio Grande do Sul (-40,45 mil cabeças), por causa dos prejuízos provocados pela cheia do Rio Guaíba, que começou no fim do mês de abril e viu seus impactos se consolidarem em maio e junho, quando a atividade no estado caiu 19,8% e 16,8% respectivamente.
O Estado de Mato Grosso manteve a liderança no abate de bovinos, com 18,4% da participação nacional, seguido por Goiás (10,5%) e Minas Gerais (10,1%).