Presidente do PL, segunda maior bancada do Senado, Valdemar Costa Neto afirmou que o partido deve apoiar o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para suceder o atual presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no comando da Casa, em 2025. Após participar de solenidade no Senado, Valdemar voltou a afirmar que o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, atualmente no Republicanos, se filiará ao PL em julho.
“Olha, a tendência é apoiar, a tendência é apoiar [Alcolumbre]. O homem tem trabalhado, trabalhou bem no passado e vai colher isso agora”, respondeu Valdemar a jornalistas.
O dirigente esteve no Senado para a posse da suplente Rosana Martinelli, que ficará no cargo por 120 dias no lugar de Wellington Fagundes (PL-MT), que está de licença médica. Martinelli é investigada por suposta participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Na última eleição, o PL optou por lançar Rogério Marinho (RN) para disputar contra Pacheco. Com a derrota, a bancada ficou sem espaço na Mesa Diretora e nas principais comissões.
O resultado do último pleito no Senado é o que deixa Costa Neto resistente a lançar candidato próprio na Câmara dos Deputados, onde o PL tem a maior bancada.
“Tem que ver o que vai fazer. Tem gente do nosso pessoal que é de extrema-direita, que é mais radical e quer lançar candidato. Aí nós precisamos tomar cuidado porque senão pode acontecer o que aconteceu no Senado com a gente. Ficou fora da mesa e fora das comissões. Nós temos direito a as melhores condições”, afirmou.
“Hoje nós temos a CCJ, temos educação, tivemos o orçamento e vamos ter de novo ano que vem”, acrescentou.
Tarcísio no PL
Sobre a filiação de Tarcísio de Freitas, Valdemar repetiu que o governador de São Paulo deve se filiar à legenda comandada por ele no próximo mês. Segundo o dirigente, Tarcísio comunicou a decisão a ele e ao líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), durante um jantar há cerca de 90 dias.
“O Tarcísio marcou um jantar comigo e com o nosso líder Rogério Marinho e me comunicou: ‘eu venho para o PL’. Ele me comunicou, eu não perguntei nada”, afirmou Valdemar.
A ida de Tarcísio para o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro estaria condicionada à conclusão do processo de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). “Ele quer ficar livre da Sabesp e acho que depois ele já viria. Deve ser lá para julho”, declarou Valdemar.
Em público, quando questionado, o governador evita precisar a data de saída do Republicanos. Tarcísio é considerado uma das apostas do PL para disputar a Presidência da República em 2026, já que Bolsonaro está inelegível.