A intriga familiar bilionária em torno do espólio de João Lyra ganhou segundo Nicholas Shores, da coluna Radar, um novo capítulo no início deste ano. A filha mais velha e inventariante do falecido usineiro, Lourdinha Lyra, apresentou uma queixa-crime contra sua irmã Thereza Collor por calúnia e difamação com base em entrevistas que a historiadora concedeu a Veja e à revista IstoÉ.
Nas entrevistas, Thereza acusa a irmã de supostas irregularidades e de gestão temerária com risco de destruição de patrimônio familiar na condução do processo de falência da Laginha Agro Industrial S/A, cuja massa falida é avaliada em 4 bilhões de reais.
Thereza, a mãe e os três irmãos pedem, também na Justiça, a destituição de Lourdinha como inventariante, uma reavaliação minuciosa dos atos que ela adotou na falência da Laginha e a integração dos demais herdeiros ao inventário. Ainda não houve decisão.
Segundo a queixa-crime que Lourdinha registrou na 10ª Vara Criminal do Foro de Maceió, as declarações à imprensa teriam o objetivo de “macular” seu “prestígio social” em Alagoas, “suscitar um desprezo público” e ajudar Thereza a destituí-la da função de inventariante pela “descredibilização”.
Lourdinha pede que a Justiça proíba Thereza de “veicular” seu nome e “reduzir” sua imagem “por quaisquer meios de comunicação”. Também quer, como reparação, o valor de um salário mínimo: 1.412 reais.