Das 6.640 vagas anunciadas em 21 instituições nesta quarta-feira (10/01) pelo Governo Federal no Concurso Público Nacional Unificado, 727 (10,95%) estão no chamado Bloco 1, batizado de Infraestrutura, Exatas e Engenharia. O edital publicado em edição extra do Diário Oficial da União contempla nove órgãos federais e todas as vagas são para profissionais com curso superior concluído. As remunerações iniciais variam entre R$ 5,2 mil e R$ 20,9 mil.
GESTÃO E INOVAÇÃO — O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) concentra o maior número de vagas do bloco: 359. Desse total, 270 são para o cargo de analista de infraestrutura, sendo 142 para formados em Engenharia Civil, 73 em Engenharia Elétrica, Eletrônica, Telecomunicações, Eletrotécnica ou Energia e 55 em Arquitetura. Há ainda os cargos de arquiteto (14), engenheiro (68) e especialista em políticas públicas e gestão governamental (5). A jornada é de 40 horas e a atuação poderá ser em Brasília (DF) ou em uma capital de um estado brasileiro, sendo dada preferência para os candidatos provenientes do respectivo estado.
IBGE — O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela produção de alguns dos principais indicadores que pautam políticas públicas nacionais, como o Censo Demográfico, oferece 133 vagas, em campos variados, como geoprocessamento, engenharias, gestão em pesquisa, cartografia e geodésia e arquitetura. A remuneração inicial para jornadas de 40 horas semanais é de R$ 8,4 mil. A maioria das vagas é para atuar no Rio de Janeiro.
INCRA — O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) oferece 128 vagas para analista em reforma e desenvolvimento agrário. Desse total, 75 são para profissionais da área de engenharia de agrimensura e engenharia cartográfica, 51 para engenharia civil e duas para engenharia elétrica. A jornada é de 40 horas e as vagas são para atuação em diversas capitais e cidades brasileiras.
FUNAI — Em fase de reconstrução de seu quadro funcional, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) vai contratar 21 especialistas em indigenismo. As vagas são para profissionais da área de engenharia (20) e arquitetura (1). A remuneração inicial é de R$ 7,69 mil para jornada de 40 horas semanais. O local de trabalho poderá ser em Brasília (DF) ou no Rio de Janeiro (RJ).
ANEEL — A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) dispõe de 10 vagas para profissionais com formação superior em qualquer área do conhecimento, no cargo de especialista em regulação de serviços públicos de energia. A remuneração inicial para jornada de 40 horas semanais é de R$ 16 mil, com atuação na capital federal.
OUTRAS — As outras vagas do edital nº 1 são para atuação nos ministérios da Agricultura e Pecuária, Saúde, Ciência, Tecnologia e Inovação e da Advocacia Geral da União (AGU). Há oportunidades para profissionais de engenharia, arquitetura e também para qualquer área do conhecimento. A remuneração inicial varia entre R$ 6,6 mil e R$ 20,9 mil para jornadas de 40 horas e atuação em diversas cidades do país.
INSCRIÇÕES — As inscrições vão de 19 de janeiro até 9 de fevereiro e a realização da prova será em 5 de maio. A previsão é de mais de 3 milhões de inscritos.
TAXA — A taxa de inscrição é de R$ 60 para vagas de nível médio e de R$ 90 para nível superior. Estão isentos candidatos que integram o Cadastro Único para Programas Sociais, quem cursa ou cursou faculdade pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) ou pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e os que realizaram transplante de medula óssea.
COMO FAZER — Para se inscrever, o candidato deve acessar sua conta na plataforma Gov.br. Em seguida, é necessário preencher os formulários e anexar os documentos exigidos. No momento da inscrição, o candidato vai escolher um dos oito blocos temáticos.
COTAS — O CPNU tem percentuais reservados para cotas específicas: 5% do total de vagas de cada um dos cargos a candidatos com deficiência e 20% a candidatos negros, além de 30% das vagas para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para candidatos de origem indígena.
Veja a quantidade de vagas por órgãos, cargos e especialidades
BLOCO 1 – Infraestrutura, Exatas e Engenharias 727
Órgão Cargos Especialidades Qtde. de Vagas
AGU | Advocacia-Geral da União Arquiteto Arquitetura 5
Engenheiro Engenharia Civil 10
Engenharia Elétrica 4
Engenharia Agronômica 2
Engenharia de Produção 2
ANEEL | Agência Nacional de Energia Elétrica Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia Qualquer área de conhecimento 10
FUNAI | Fundação Nacional dos Povos Indígenas Especialista em Indigenismo Engenharia 20
Arquitetura 1
IBGE | Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Informações Geográficas e Estatísticas Arquitetura 1
Engenharia Civil 1
Engenharia Elétrica 1
Engenharia Mecânica 2
Geoprocessamento 8
Tecnologista em Informações Geográficas e Estatísticas Geoprocessamento 53
Engenharia de Produção 2
Gestão em Pesquisa 50
Cartografia e Geodésia 15
INCRA | Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário Engenharia Elétrica 2
Engenharia Civil 51
Engenharia de Agrimensura e Engenharia Cartográfica 75
MAPA | Ministério da Agricultura e Pecuária Analista em Ciência e Tecnologia Engenharia Elétrica ou Eletrônica 2
MCTI | Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Analista em Ciência e Tecnologia Engenharia Civil 11
Engenharia 2
Engenharias e Ciências Exatas 38
MGI | Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos Analista de Infraestrutura (AIE) Engenharia Civil 142
Engenharia Elétrica, Eletrônica, Telecomunicações, Eletrotécnica ou Energia 73
Arquitetura 55
Arquiteto Arquitetura 14
Engenheiro Engenharia 68
Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG) Qualquer área de conhecimento 5
MS | Ministério da Saúde Tecnologista Engenharia Civil ou Arquitetura 2
UMA PARA TODOS — As vagas do Concurso Nacional Unificado são divididas em oito blocos temáticos, com oportunidades para candidatos de nível médio e superior. Uma única inscrição vale para concorrer a um posto em mais de um órgão, desde que dentro do mesmo bloco temático. Ao concorrer a mais de um cargo, o candidato deve classificar as vagas de interesse por ordem de preferência para definir a prioridade em uma possível chamada, que será baseada na nota alcançada. A inspiração para o modelo do concurso unificado é o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que já esteve em 1.727 municípios com aproximadamente 5,1 milhões de inscritos. O CPNU conta com a participação ativa dos órgãos de controle desde o lançamento do certame.
220 CIDADES — As provas serão aplicadas simultaneamente em 220 cidades de todo o Brasil. Após a divulgação de lista anterior com 217 municípios, foram incluídas mais três cidades solicitadas pela sociedade: Santos (SP), Petrópolis (RJ) e Blumenau (SC). Com isso, 94,6% da população do país esta a até 100 km de um local de prova. Ao todo, estão previstos 5.141 locais de aplicação.
“Vai aumentar a capilaridade, vai chegar em locais que nunca tiveram prova de um concurso público federal. É um processo de mudar a cara do Estado, reforçando as nossas iniciativas de democratização, de maior diversidade, de garantir um Estado que seja realmente a cara da população”, afirmou a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
DOIS TURNOS — O exame será dividido em dois turnos no mesmo dia, com questões objetivas e dissertativas. A divulgação dos resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e redações será no dia 3 de junho. Os resultados finais serão anunciados em 30 de julho. Em 5 de agosto terá início a etapa de convocação para posse e cursos de formação.