Um documento das autoridades, a que a Associated Press teve acesso, revelou ainda que tinha sido internado num centro de saúde mental durante duas semanas no verão de 2023.
Embora não tenham facultado pormenores sobre o tipo tratamento ou estado de saúde do suspeito, davam conta ainda que Card relatou ter ouvido vozes e ameaçou dispara contra a base militar em Saco, Maine.
A polícia de Lewiston confirmou, numa publicação na rede social Facebook, que Card era suspeito nos tiroteios em três locais diferentes, incluindo numa pista de bowling, num restaurante e num centro logístico de um supermercado Walmart, e que era “considerado armado e perigoso”. A mesma publicação mostra uma fotografia do suspeito.
Noutra publicação, aquela autoridade publicou ainda uma fotografia de um carro branco, apelando aos cidadãos que reconheçam o veículo para contactar as autoridades de imediato.
Um porta-voz do Departamento de Segurança Pública do Maine pediu aos residentes que permanecessem dentro das suas casas com as portas trancadas. “A polícia está a investigar em dois locais neste momento. Mais uma vez, por favor, saiam das ruas e deixem que a polícia resolva a situação”, referiu Shannon Moss.
As escolas públicas de Lewiston, segunda maior cidade do estado, com cerca de 36 mil habitantes, vão estar encerradas esta quinta-feira, informou um funcionário do distrito escolar.
A governadora do Maine, Janet Mills, emitiu uma declaração onde reforça essas instruções, referindo que tinha sido informada da situação e que manteria um contacto estreito com as autoridade.
O presidente Joe Biden falou por telefone com Mills e com os membros do Congresso do estado, oferecendo “todo o apoio na sequência deste terrível ataque”.
Recorde-se que o número de mortos neste ataque, no nordeste dos Estados Unidos, ainda não foi confirmado, mas as autoridades afirmaram que varia entre os 16 e os 22. O vereador da cidade de Lewiston, Robert McCarthy, tinha confirmado anteriormente à CNN que pelo menos 22 pessoas tinham sido mortas na sequência do ataque.
O atirador continua a monte, estando montada uma operação de buscas.
Nos EUA, um adulto em cada três possui pelo menos uma arma e quase um adulto em cada dois vive numa casa com uma arma.
Desde o início do ano, mais de 15 mil pessoas morreram vítimas de violência com armas de fogo no país, excluindo suicídios, de acordo com o Gun Violence Archive (GVA), grupo independente que recolhe informação sobre incidentes com armas de fogo.