O Hamas, grupo considerado terrorista por União Europeia, Israel, Reino Unido e Estados Unidos e que bombardeou Israel no último sábado (7), parabenizou o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por ocasião de sua vitória nas eleições de 2022.
Na época, Basim Naim, membro do Bureau Político do Hamas, chamou Lula de “lutador pela liberdade” e considerou sua eleição “uma vitória para todos os povos oprimidos ao redor do mundo, particularmente o povo palestino, pois ele é conhecido por seu forte e contínuo apoio aos palestinos em todos os fóruns internacionais”.
A conhecida posição do presidente Lula em apoio ao Estado Palestino foi reiterada no mês passado, quando, como de praxe, o Brasil abriu a reunião ordinária anual da Assembleia Geral das Nações Unidas. No seu 8º discurso na plenária da Assembleia Geral, Lula afirmou. “É perturbador ver que persistem antigas disputas não resolvidas e que surgem ou ganham vigor novas ameaças. Bem o demonstra a dificuldade de garantir a criação de um Estado para o povo palestino”, disse Lula.
Durante os mandatos anteriores de Lula, (de 2003 a 2010), o país reiterou, na abertura das Assembleias da ONU, a posição de apoio a solução de 2 Estados como meio de alcançar uma paz na região, defendendo o fim da ocupação de territórios palestinos.
Por que o Hamas atacou Israel?
Ramificação do braço palestino da Irmandade Muçulmana, maior e mais antiga organização islâmica do Egito, o Hamas tinha, inicialmente, o duplo propósito de implementar uma luta armada contra Israel, liderada por sua ala militar, as Brigadas Izzedine al-Qassam, e de oferecer programas de bem-estar social aos palestinos.
O que é que o Hamas quer?
O Hamas sempre defendeu a violência como meio de libertação dos territórios palestinianos ocupados e apelou à aniquilação de Israel. O Hamas levou a cabo atentados bombistas suicidas e, ao longo dos anos, disparou dezenas de milhares de foguetes, cada vez mais potentes, de Gaza para Israel.