Em Salvador, a mobilização acontece em frente ao Edifício Torre Pituba, no Itaigara, desde às 8h. O objetivo do movimento é pressionar a Petrobrás para que suspenda as cobranças extraordinárias do fundo de pensão Petros (PEDs). Os chamados equacionamentos. E também os descontos abusivos da Assistência Multidisciplinar de Saúde (AMS).
O movimento é nacional. Em abril, a categoria começou a pagar um novo equacionamento (PED 2021), esse é o terceiro desconto da Petros em menos de 10 anos. Por conta disso, os aposentados denunciam que estão recebendo os contracheques da Petros zerados.
São muitos os problemas financeiros enfrentados pelos petroleiros que não aguentam mais pagar os equacionamentos e pedem uma solução urgente para o problema, garantindo a sustentabilidade dos Planos Petros do Sistema Petrobrás – PPSPs.
A Associação dos Engenheiros da Petrobrás, Núcleo Bahia, vai se juntar às demais entidades dos petroleiros no ato de amanhã. A entidade convocou a categoria a usar uma fita preta em memória dos petroleiros que morreram nos últimos anos, por conta da política da Petrobrás e da Petros.
Trabalhadores da ativa reivindicam o retorno ao trabalho nas unidades da Bahia. Com o fechamento das unidades da Petrobrás, os empregados foram transferidos para outros estados. Muitos não tiveram condições de se deslocar com a família, por isso estão viajando todas as semanas de Salvador para outros estados, no chamado bate e volta. Esses empregados se queixam de estresse e dificuldades financeiras, pois precisam custear as passagens.
“A Petrobrás precisa ter uma ação rápida de combate ao suicídio que tem vitimado tantos empregados da ativa e aposentados. Com os equacionamentos dos planos Petros, sem uma nova política de RH, e sem o fim do famigerado bate e volta, as mortes vão continuar até quando?”, questiona o presidente da AEPET-BA, Marcos André.