Apoiadores de um candidato de direita que ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais do Paraguai entraram em confronto com a polícia do lado de fora do tribunal eleitoral na segunda-feira, em meio a denúncias de fraude em uma votação que o governista Partido Colorado venceu confortavelmente.
A polícia colocou cercas ao redor da sede do tribunal e disparou balas de borracha contra jovens manifestantes que atiravam pedras, disseram as autoridades, depois que centenas de apoiadores do candidato Paraguayo Cubas se reuniram.
Em outros lugares, manifestantes bloquearam estradas queimando pneus e destruindo outdoors com a foto do presidente eleito Santiago Peña, um economista de 44 anos que obteve 43% dos votos no domingo, contra 27% do segundo colocado, Efraín Alegre.
Cubas, que surpreendeu os observadores ao obter quase 23% dos votos, exigiu uma recontagem em uma publicação no Instagram e pediu a seus apoiadores que protestassem.
“Não estamos satisfeitos. As eleições nos foram roubadas. Simples assim”, disse Yolanda Paredes, senadora eleita e esposa de Cubas, a repórteres.
Cubas deveria viajar na terça-feira de seu reduto eleitoral em Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil, para a capital, Assunção.
Alegre disse no Twitter que também está pedindo que a Justiça Eleitoral faça uma recontagem e uma auditoria internacional dos programas de computador usados nas urnas eletrônicas.