Autoridades que participaram da ação que desbaratou a tentativa do PCC (Primeiro Comando da Capital) de atacar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outros alvos estão convencidas de que houve participação de agentes do aparato estatal no planejamento do atentado.
Segundo uma pessoa diretamente envolvida na ação relatou para coluna Painel, da Folha, o nível de profissionalismo dos criminosos, com acesso a câmeras de segurança e detalhes da rotina de Moro é compatível com o de uma operação de inteligência policial.
A avaliação é que seria impossível para a facção ter organizado todo este esquema sem a conivência de profissionais da área de segurança pública, em nível estadual e federal.
A expectativa é que a investigação em aparelhos celulares apreendidos com os presos na operação ajude a identificar os infiltrados.
Além de Moro, também eram alvos do PCC o promotor de justiça Lincoln Gakiya, que investiga a facção há 20 anos, e um ex-comandante da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul.