Os primeiros meses do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão marcados pela desconfiança dos executivos do mercado financeiro. É o que revela a primeira edição da pesquisa “O que pensa o mercado financeiro”, divulgado nesta quarta-feira (15), pela Quaest em parceria com a Genial Investimentos e publicado na coluna de Rosana Hessel, do Correio Braziliense, onde mostra que quase 100% dos executivos estão desconfiados com a atuação do novo governo. A pesquisa é a primeira a mensurar o humor do mercado sobre a política econômica do governo Lula e sobre as expectativas para os próximos meses.
Em meio às pressões do governo sobre o Banco Central e ao atual patamar da taxa básica da economia (Selic), atualmente em 13,75% ao ano, o discurso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tenta convencer de que há compromisso com a responsabilidade fiscal, mesmo sem apresentar o novo arcabouço de fato, não está convencendo a maioria de quem detém o dinheiro no país. Conforme os dados da pesquisa Genial-Quaest, 98% dos executivos do mercado financeiro consideram que a política econômica do governo Lula caminha na direção errada.
Do total de entrevistados, 90% definem como negativa a relação do governo Lula com o Banco Central e apenas 7% têm expectativa de que o relacionamento possa melhorar. 43% acreditam que ficará igual e 49%, que vai piorar.
Conforme os dado com o levantamento, 68% dos entrevistados acreditam que governo não está preocupado com controle da inflação e 73% dizem que haverá recessão na economia ainda neste ano. Mais de um terço dos executivos, 36%, acredita que inflação deste ano ficará acima de 6% e 46% deles consideram que o dólar vai fechar 2023 acima de R$ 5,30.
A pesquisa revela ainda que, do total de entrevistados, 90% definem como negativa a relação do governo Lula com o Banco Central e apenas 7% têm expectativa de que o relacionamento possa melhorar. Outros 43% acreditam que ficará igual e 49%, que vai piorar.
Foram ouvidos 82 executivos das maiores casas de investimento de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na avaliação de 90% dos executivos, a política fiscal não vai gerar sustentabilidade da dívida pública.