O biodiesel é um biocombustível alternativo ao diesel convencional, ou seja, aquele derivado do petróleo. Possui características muito similares ao óleo diesel, fazendo com que possa ser adicionado ao diesel comum sem prejuízo na combustão.
Adicionado à matriz energética brasileira, o biodiesel reduz a necessidade da importação do diesel e pode substituí-lo no longo prazo. A principal vantagem está na questão ambiental, mas existe também um apelo social relacionado ao emprego e renda, sobretudo na agricultura familiar.
Pode se tornar vetor de desenvolvimento local porque pode ser obtido de diversas fontes vegetais, tais como óleos de mamona, do dendê, da soja e até da bocaiuva (palmeira comum no Brasil Central). Também pode ser obtido da gordura animal e de rejeitos como o óleo de cozinha usado.
Para incentivar a inserção do biodiesel na matriz energética, o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, autorizou a mistura de 2% de biodiesel no diesel convencional em 2005, e se tornou compulsória em 2008. O PNPB prevê um aumento progressivo na mistura de biodiesel que hoje já é de 11% e deve chegar a 15% neste ano.
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve decidir, ainda esta semana, se mantém estagnada o percentual de biodiesel ao diesel convencional ou se retoma à prática de voltar a subir para chegar a 15% ainda em 2023.