O governo da Ucrânia não está envolvido na sabotagem dos gasodutos Nord Stream no Mar Báltico ocorrida em setembro do ano passado, afirmou o ministro da Defesa do país, após informações da imprensa que atribuem os atos a um “grupo pró-Ucrânia”.
“Não é uma ação nossa”, declarou o ministro Oleksii Reznikov, questionado à margem de uma reunião europeia em Estocolmo.
Com base em informações do serviço de inteligência americano, o jornal New York Times atribuiu na terça-feira a sabotagem a um “grupo pró-Irã”, mas sem envolver o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky.
“Aconselho não tirar conclusões apressadas”, afirmou o ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, no início da reunião de Estocolmo.
Um conselheiro do chefe de Estado ucraniano já havia negado na terça-feira o envolvimento de Kiev, ao mencionar “divertidas teorias da conspiração”.
A versão divulgada pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos sugere que os autores eram “adversários do presidente russo Vladimir Putin”, provavelmente cidadãos ucranianos ou russos, segundo o New York Times.
Em 26 de setembro foram detectados quatro vazamentos de gás, precedidos por explosões submarinas nos gasodutos que ligam a Rússia com a Alemanha, todas em águas internacionais.
Os países ocidentais atribuíram as explosões à Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.
O Kremlin acusou os “anglo-saxões” de envolvimento na sabotagem.
Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, os dois oleodutos provocam tensões geopolíticas, alimentadas pela decisão de Moscou de cortar o fornecimento de gás para a Europa em uma suposta retaliação às sanções ocidentais.