O PT busca formas de neutralizar as tentativas de Bolsonaro de descredenciar a eleição e de desmotivar as pessoas a votarem. A campanha de Lula avalia segundo Guilherme Amado, do Metrópoles, que uma alta abstenção nas urnas poderá favorecer a reeleição do presidente.
O raciocínio parte da premissa de que a base de apoio bolsonarista mostrará fidelidade ao presidente e comparecerá em peso à eleição. Lula também conta com um séquito fiel de eleitores, mas sua vitória na eleição pode depender do sucesso entre os indecisos e os que toparão apoiar qualquer candidato contra Bolsonaro. Esses grupos estão mais sujeitos a desistir de votar no dia do pleito.
Uma das preocupações do PT é a facilidade com que um eleitor pode justificar a ausência no aplicativo do TSE. O ex-governador Geraldo Alckmin, escolhido para ser o vice de Lula na chapa presidencial, ficou espantado durante uma conversa recente ao ser apresentado ao título de eleitor eletrônico. Ele desconhecia a possibilidade de justificar a abstenção pelo celular.
O PT quer compensar eventuais perdas com os votos facultativos dos jovens com menos de 18 anos, mas aliados de Lula afirmam que o partido perdeu tempo ao não antecipar nem coordenar uma campanha nas redes sociais para convencer essa faixa do eleitorado a tirar o título de eleitor.