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quarta-feira 23 de março de 2022 às 19:44h

Senador da Rede pede ao STF impeachment de ministro da Educação após divulgação de áudio

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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (23) o impeachment do ministro da Educação, Milton Ribeiro, após a divulgação de um áudio em que Ribeiro afirma repassar, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, verbas para municípios indicados por pastores.

O áudio da reunião foi obtido pelo jornal “Folha de S. Paulo”. Na semana passada, o jornal “O Estado de S. Paulo” já havia apontado a existência de um “gabinete paralelo” de pastores que controlaria verbas e agenda do Ministério da Educação.

Randolfe pediu à Corte o afastamento imediato de Ribeiro e apontou possíveis crimes de responsabilidade do ministro no episódio. Para o parlamentar, os fatos contidos no áudio “são gravíssimos e merecem ser rapidamente apurados”.

“É preciso dar um basta ao patrimonialismo e à corrupção, principalmente aquele cometido pelos auxiliares mais diretos do mandatário máximo da República, aparentemente atendendo a um pedido direto do próprio presidente. Precisamos implementar, de uma vez por todas, o primado republicano em nosso Estado, segundo o qual não se pode mais conceber o privilégio indevido”, afirma o parlamentar no documento.

Na peça remetida ao presidente do STF, Luiz Fux, Randolfe diz que o afastamento imediato de Milton Ribeiro do cargo é necessário para que se impeça eventuais tentativas de obstrução das investigações do caso. A relatora da ação será a ministra Cármen Lúcia.

“Requer-se que se digne vossa excelência, [ministro Luiz Fux], a receber e processar a presente representação, para que seja finalmente reconhecido o cometimento dos crimes de responsabilidade […], com o consequente impeachment do senhor Milton Ribeiro em razão do cristalino cometimento de atos contra a probidade na administração, contra a lei orçamentária e contra a guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos”, afirma Randolfe no documento.

O senador afirma também que a permanência de Ribeiro no comando do MEC possibilitará a continuação das possíveis práticas criminosas relacionadas à priorização de amigos de pastores no repasse de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Ribeiro divulgou nota na terça-feira (22) na qual negou favorecimento a pastores e disse que não recebeu de Bolsonaro pedidos de atendimento especial na distribuição de verba.

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