Embora comande o Ministério da Cidadania no governo Jair Bolsonaro, o Republicanos não pretende decidir agora segundo a coluna de Igor Gadelha, sobre qual candidato apoiará na disputa pelo Palácio do Planalto este ano.
Integrantes da sigla ouvidos pela coluna dizem que a legenda só deve bater o martelo sobre a eleição para a Presidência da República depois de abril.
A ideia é aguardar o fim do período de trocas partidárias e desincompatibilização de cargos para entender as realidades estaduais do partido, explicam mandatários da legenda.
Como noticiou a coluna, o Palácio do Planalto se movimenta para filiar ao Republicanos possíveis “puxadores de voto” e manter a sigla na base de apoio de Bolsonaro.
Sinal de alerta
O Planalto ligou o sinal de alerta de acordo com a coluna com o possível afastamento do Republicanos após o presidente nacional do partido, Marcos Pereira, ceder um dos técnicos do partido para auxiliar Sergio Moro na pré-campanha.
Lideranças do Republicanos explicam que o maior objetivo da legenda nas eleições deste ano é manter o crescimento da bancada na Câmara dos Deputados.
Internamente, lideranças da sigla falam em eleger 40 deputados em 2022. Em 2010, o partido emplacou apenas oito nomes na Câmara. Esse número cresceu para 21 em 2014 e alcançou 30 deputados em 2018.
Parlamentares do Republicanos ouvidos pela coluna ressaltam que Marcos Pereira não poupará esforços para fortalecer sua bancada do Legislativo.
Por causa disso, não está descartado nem mesmo liberar os diretórios estaduais do Republicanos apoiarem qualquer candidato ao Planalto. Algo que dá calafrios na campanha de Bolsonaro.