As escolas da rede municipal de ensino já estão preparadas para o início do ano letivo de 2022, que começa nesta terça-feira (3). São mais de 143 mil estudantes e cerca de 8 mil docentes que vão retornar às atividades em sala de aula, que ocorrerão de forma 100% presencial, depois de quase dois anos de aulas nas modalidades virtual e híbrida. Para isso, os protocolos sanitários adotados em 2021 nas 432 unidades escolares foram atualizados para o contexto atual, em que a população em geral, incluindo grande parte dos alunos, está vacinada contra a Covid-19. Tudo isso para zelar pela segurança dos estudantes, professores e demais funcionários.
De acordo com o titular da Secretaria Municipal da Educação (Smed), Marcelo Oliveira, o uso da máscara será mantido, além de reforçar a importância da higiene constante das mãos e, na ausência de água e sabão, o uso do álcool em gel. Também prossegue a exigência do distanciamento de um 1,5m entre os alunos, para evitar o contágio pelo coronavírus.
O gestor afirma que é importante lembrar que foram dois anos sem aulas presenciais, o que impactou muito negativamente o desempenho dos alunos. “Fizemos uma avaliação geral de aprendizado das crianças nas disciplinas Língua Portuguesa e Matemática, em setembro de 2021, e os resultados mostram que o ensino remoto não alcançou os objetivos esperados. Houve uma inegável perda de aprendizado que precisa ser resgatada. Por isso, a nossa estratégia para 2022 é focar no aprendizado dessas crianças e isso só é possível com aulas presenciais”.
Segundo Oliveira, já é sabido como o vírus se comporta e os cuidados necessários para evitar o contágio. Além disso, foi observado que as escolas, por serem ambientes organizados e disciplinados, frequentados sempre pelos mesmos alunos e que contam com as figuras orientadoras dos professores, são, sem dúvida, os ambientes mais protegidos entre todas as atividades humanas.
Protocolos vigentes
Na Escola Municipal Makota Valdina, localizada no Engenho Velho da Federação, a diretora Márcia Cristina Santos mantém todos os cuidados, com dispensador de álcool gel em diferentes pontos, entrada diferenciada para as turmas e uso individual do sanitário. A escola possui 330 alunos matriculados, mas tem capacidade de atender até 500 crianças nos dois turnos.
Logo na entrada, é possível verificar a presença de totens de álcool gel e limitadores de uso dos bebedouros, sendo possível apenas utilizá-lo para encher as garrafas de água. Os alunos são orientados a trazer as garrafinhas de casa, já que não podem dividir o bebedouro, e lavar sempre as mãos.
Além disso, a escola mantém um funcionário no banheiro e no refeitório, para evitar que as crianças se aglomerem e mantenham a assepsia. Outro diferencial na instituição são as entradas e saídas diferenciadas, uma para a educação infantil, outra para o 1º e 2º anos, e outra entrada para 3º, 4º e 5º anos.
Para a diretora, a importância principal é o retorno ao convívio com os amigos, mantendo os devidos cuidados contra a Covid-19. “Na comunidade, percebemos que a máscara é pouco utilizada, então temos o papel de esclarecer que é importante usá-la para se proteger e proteger o próximo. Hoje os alunos já entendem que precisam limpar as mãos, já sabem dos protocolos e levam essa cultura para a casa deles. Eles têm que ter o mínimo de higiene e proteção e, assim, conseguem perceber o quanto isso é importante no dia a dia”.
A dona de casa Robenilda Santos estava no local com a filha Sofia, de quatro anos, que se prepara para ingressar na escola. Ela confessou ainda ter um pouco de receio, mas considerou importantes as medidas tomadas pela instituição para garantir o cumprimento dos protocolos. “Eu realmente acho fundamental o cuidado. Quando cheguei aqui me senti segura porque percebi o distanciamento, o acolhimento foi bom, e ela também gostou muito da escola”.
Sanitização
Além da adoção dos protocolos, as unidades também estão recebendo ações de sanitização para receber a comunidade escolar. Na Avenida Mário Leal Ferreira (Bonocô), por exemplo, o procedimento já foi realizado no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Luis Eduardo Magalhães. A diretora Lídia Maria Ribeiro conta que o espaço, que recebe alunos do 2º ao 5º ano, também segue com preparativos internos, com limpeza de todos os utensílios usados pelas crianças e disponibilizando álcool em gel.
“Estamos preparando a escola com todo amor e carinho por toda a equipe e esperamos que a comunidade compareça. Queremos manter as famílias seguras, sabendo que eles vão deixar seus filhos em um local que está sendo higienizado, que os profissionais estão com um olhar diferenciado e toda a equipe passa isso aos pais”, disse a diretora. O local tem capacidade de atender 250 alunos, que estão matriculados em turno integral (2º e 3º ano) e meio turno (4º e 5º anos).
A dona de casa Ednalva Rodrigues esteve no Cmei com a filha Alice, de dois anos. Essa é a primeira vez da pequena na escola, então a expectativa da mãe é alta. “Espero que ela se adapte bem, mesmo com pandemia, e que dê tudo certo. Gostei muito daqui”, pontuou.
Principais protocolos nas escolas:
– Disponibilização de totem com álcool na entrada da unidade escolar e dispersores com o produto em todas as dependências da escola;
– As cadeiras terão o distanciamento de 1,5m;
– O uso de máscara será obrigatório;
– A distância dos estudantes nos intervalos será observada pelos professores e funcionários;
– Os alunos da Educação Infantil (0 a 5 anos) não serão obrigados a utilizar máscaras durante as aulas ou para acessar a escola, no entanto devem ser orientados a evitar o contato físico;
– Os alunos portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) não serão obrigados a utilizar máscaras, conforme o parágrafo único do art. 2º do Decreto Municipal nº 33.719, de 3 de abril de 2021.