Um casarão antigo pegou fogo na noite desta terça-feira (11) no bairro de Nazaré, em Salvador. Segundo informações do Centro Integrado de Comunicações (Cicom), os Bombeiros foram acionados por volta das 22h para apagar as chamas em um imóvel de três pavimentos que fica no Largo do Campo da Pólvora, em frente ao Fórum Ruy Barbosa.
Segundo o Wikipédia, o casarão era do filho homônimo de Brás Hermenegildo do Amaral, capitão de polícia, e de D. Josefina Virgínia do Amaral.
Seu pai fora combatente da Guerra do Paraguai, onde obteve medalhas e foi premiado com o título de Cavaleiro da Ordem de Cristo. A despeito disso, grandes foram as dificuldades financeiras que enfrentava a família, de tal sorte que o jovem Brás teve, ainda novo, que trabalhar como professor particular, a fim de assegurar os próprios estudos.
Foi com grande esforço que ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, a primeira do país. Ao largo dos estudos, leciona no Colégio da Bahia, sempre voltado para a História.
Na Faculdade veio a tornar-se professor, embora mantivesse grande interesse pela pesquisa e publicação de obras sobre a historiografia, especialmente do seu estado natal – a Bahia.
Lecionou “Elementos de Antropologia”, no Instituto de Instrução Secundária de Salvador quando, em 1890, procurou a concretização de uma coleção de “objetos antropológicos”. De seu trabalho derivou apoio de Nina Rodrigues, que se esforçava na tentativa de classificação racial do povo brasileiro.
Integrou o Corpo Médico que acompanhou as tropas oficiais, na Guerra de Canudos.
Em 1905, quando do incêndio que parcialmente destruiu a Faculdade de Medicina da Bahia, capitaneou o pleito junto ao então Presidente, Rodrigues Alves, no sentido de viabilizar verbas para sua recuperação.
Foi um dos fundadores do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, junto ao dr. Tranquilino Torres, aí ocupando diversos cargos diretivos. Participou, com publicação, do Primeiro Congresso de História Nacional 1914.
Na vida pública ocupou, ainda a legislatura federal, pelo Partido Republicano da Bahia, por três mandatos (1924-26, 1927-29 e 1930).
Foi membro-fundador da Academia de Letras da Bahia, onde ocupava a Cadeira 4, cujo Patrono é Sebastião da Rocha Pita.
Foi autor de obra referente aos limites do Estado da Bahia, onde serve-se de farta documentação – refutada especialmente pelos sergipanos.