O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), índice que avalia as expectativas do setor produtivo do estado, calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), marcou -156 pontos em novembro. O nível de confiança, portanto, foi menor do que o observado no mês antecedente (-105 pontos) e do que o registrado no mesmo mês do ano passado (-153 pontos).
Numa escala de -1.000 a 1.000 pontos, o resultado representou uma piora de 51 pontos quanto ao averiguado em outubro. Em relação ao registrado um ano antes, a pontuação mais recente significou uma queda de 3 pontos.
Com a terceira queda mensal seguida, parte da recuperação da confiança empresarial observada ao longo dos cinco meses de abril a agosto foi anulada. Conforme Luiz Lobo, integrante técnico da SEI, “o que parecia uma calibragem das expectativas começa a preocupar, pois passou a ganhar contornos próprios de uma trajetória de recuo”.
O indicador abaixo de zero revelado no mês, dessa maneira, significou a permanência do pessimismo no meio empresarial baiano pela 21ª vez consecutiva. A confiança do empresariado local, assim, permaneceu na zona de Pessimismo Moderado pela sétima vez seguida.
Ainda segundo Lobo, “momentânea ou não, a perda de força do indicador de confiança do empresariado baiano termina por representar alguma dúvida quanto ao potencial de qualquer recuperação futura”.
O recuo do nível de confiança de outubro a novembro aconteceu de forma generalizada, visto que foi realidade para todas as quatro atividades. No comparativo com o mesmo mês do ano antecedente, a despeito do encolhimento do indicador geral, um dos setores apresentou expansão. Em um ano, a atividade de Serviços foi a única com alta da confiança.
Do conjunto avaliado, os itens juros, inflação e crédito apresentaram os indicadores de confiança em pior situação no mês. Em contrapartida, as variáveis PIB nacional, vendas e capacidade produtiva foram aquelas com as melhores expectativas do empresariado baiano.