A Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs) encaminhou ao PSDB na tarde desta quarta-feira (24) uma nota em que afirma segundo o Antagonista, que o aplicativo de votação online desenvolvido para as prévias partidárias provavelmente sofreu um ataque hacker do tipo DoS (denial of service), quando um grande número de acessos simultâneos derruba o acesso a um site ou programa.
Diz o trecho relevante da nota: “A apuração da FAURGS apontou como causa mais provável um congestionamento de acessos incompatível com o número de eleitores cadastrados. Portanto, a FAURGS considera muito plausível a ocorrência de um ataque de hackers ao aplicativo, a partir das 8h15 — uma vez que desde as 7h o sistema funcionou perfeitamente, com cerca de dois mil votos computados. Após isso, até o final da votação, ainda mil votos foram computados.
Diante disso, a FAURGS esclarece que, nas condições normais contratadas, o software desenvolvido funcionou perfeitamente. A plataforma utilizada (Azure Microsoft) tem capacidade para muito mais acessos do que o tamanho do colégio eleitoral. A instabilidade, portanto, se deu por condições externas ao aplicativo.”
Na segunda-feira, o PSDB passou a buscar uma nova solução digital para completar suas prévias, depois de uma reunião em que a Faurgs deixou de apresentar uma explicação técnica para os problemas. Com isso, a fundação gaúcha teria “se inviabilizado”, conforme disseram dirigentes do partido.
Na nota, a Faurgs afirma ainda que cabe ao partido confirmar a existência do ataque por meio da contratação de uma auditoria independente.
Os tucanos procuram uma alternativa ao aplicativo que falhou. Testaram o serviço da empresa brasileira RelataSoft na noite de terça-feira, mas ele não foi aprovado. Na tarde desta quarta-feira, estava programada uma averiguação do aplicativo da startup BeeVote.