O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), será ouvido nesta quinta-feira (12) pela CPI da Covid, logo mais a partir das 10h. Em seu depoimento, Barros terá que explicar as acusações de que estaria envolvido em suposto esquema de propina envolvendo a Precisa Medicamentos.
O caso entrou na mira dos senadores após denúncias dos irmãos Miranda — o deputado federal Luis Claudio Miranda (DEM-DF) e o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda.
Ambos garantem que informaram ao presidente Jair Bolsonaro sobre possíveis irregularidades nas negociações da Precisa Medicamentos com o Ministério da Saúde para o fornecimento de vacinas.
O nome do líder do governo, segundo os Miranda, teria sido citado pelo próprio presidente da República numa conversa no Palácio do Planalto. Ex-ministro da Saúde do governo Temer, Barros mantinha influência na pasta.
A Precisa pertence a Francisco Maximiano, empresário que também é sócio da Global, investigada por suspeita de fraude num contrato de R$ 19 milhões para fornecimento de remédios de alta complexidade.
Leia as principais perguntas que devem ser feitas a Ricardo Barros, conforme publicou O Antagonista:
– Quais as relações entre Ricardo Barros e a Precisa Medicamentos?
– Há envolvimento entre Ricardo Barros e o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Dias?
– Quais as relações entre Ricardo Barros e Francisco Maximiano, dono da Precisa?
– De onde o deputado federal Luis Miranda tirou a informação de que Ricardo Barros faria parte de um esquema de corrupção no Ministério da Saúde?
– De quem partiu a ordem para se incluir na MP das vacinas a emenda que favoreceu a compra de vacinas não aprovadas pela Anvisa, como foi o caso da Covaxin?
– Houve alguma interferência da Casa Civil ou de Jair Bolsonaro na edição da MP das vacinas?
– Jair Bolsonaro pediu algum tipo de investigação no caso da Precisa?