A juíza Jorgina de Oliveira Carneiro e Silva Rosa, titular da 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher de Brasília, absolveu segundo o Diário d Poder o ex-ministro do TSE Admar Gonzaga da acusação de suposta agressão à ex-mulher Elida Souza Matos.
A sentença destaca que apesar da credibilidade sempre atribuída ao depoimento da vítima, em casos de violência doméstica, não foi possível comprovar minimamente os relatos da suposta vítima sobre o que aconteceu na madrugada de 23 de junho de 2017 na residência do casal.
O caso provocou um grande desgaste na imagem do advogado, um dos mais requisitados de Brasília, e custando-lhe a recondução ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o Diário do Poder, Gonzaga teria supostamente ido ao presidente Jair Bolsonaro na ocasião informar que abria mão da recondução porque precisava se dedicar a sua defesa. Além disso, “tenho muito respeito pelo STF e pelo TSE para não causar constrangimentos desnecessários”, disse ele.
Acusação insustentável
As vias de fato teriam ocorrido na residência do casal, em Brasília, logo após retornarem de um evento social em casa de amigos.
A versão da ex-mulher de Admar Gonzaga começou a se desconstruir em razão de diversas incongruências, inclusive ao apresentar versões diferentes à polícia e à Justiça.
Um dos detalhes importantes do caso foi o depoimento dos amigos que deram carona ao casal, testemunhando que Elida, muito embriagada, teve atitude muito agressiva durante o percurso, insultando o ex-marido.
Uma das testemunhas importantes foi uma jornalista, a quem Elida confessou haver solicitado medida protetiva seis meses após os fatos porque, segundo ela, essa foi a orientação da sua defesa como forma de tentar garantir uma pensão mensal de R$10 mil.