Veja como anda leve o clima no governo diante dessa disputa de forças entre o controle de gastos versus ampliação de gastos para impulsionar a retomada econômica.
O ministro Paulo Guedes apelidou o colega Rogério Marinho de “fura-teto”. O ministro é o principal defensor da retomada de obras e investimentos estruturais como motor da retomada.
Já Marinho chama Guedes segundo a coluna Radar da revista Veja, de “pastor do deserto”, devido ao tamanho da audiência de sua pregação contra os gastos públicos. Para quem pensa como Marinho, o discurso de Guedes, apesar de mirar algo ideal, não se sustenta na conjuntura atual.
Ficar “pregando no deserto” não resolve, pois o Congresso acaba ignorando Guedes e autorizando gastos do mesmo jeito, como no caso dos 200 reais que viraram 600 reais no auxílio emergencial. Se é para fazer, Marinho prefere que o governo toque o processo. Daí o tal plano de investimento de 5 bilhões de reais em obras.
Guedes, por outro lado, vê o fundo do poço, para o governo, no plano de gastança e o impeachment anunciado. Argumentos poderosos.