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Sete em cada dez brasileiras já foram vítimas de assédio ou importunação sexual nas dez maiores capitais do país. A maioria dos casos ocorre em espaços públicos (56%), seguida por transporte coletivo (51%) e ambiente de trabalho (38%). Porto Alegre é a cidade com mais registros de reclamações.
A importunação sexual é caracterizada por toques, gestos ou falas que causam constrangimento em qualquer ambiente. Já o assédio sexual, embora muitas vezes usado como sinônimo, refere-se especificamente a situações no ambiente de trabalho, geralmente envolvendo relações hierárquicas.
Segundo a organização Me Too Brasil, que apoia vítimas de violência sexual, é urgente a criação de campanhas educativas. A advogada e diretora da entidade, Luanda Pires, afirma que qualquer cantada ou atitude que invada a privacidade da mulher pode ser considerada importunação sexual. “O corpo da outra pessoa não é público, então não toque se não for autorizado”, reforça.
As penas para assédio e importunação sexual são diferentes e variam conforme a gravidade e o contexto da violência. Ainda assim, o número elevado de vítimas revela a necessidade de conscientização e combate mais eficaz à violência de gênero.
